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Blog do Roberto Avallone

São Paulo: a frustração no adeus à Libertadores

Roberto Avallone

14/02/2019 02h19

Ao final do jogo em que o São Paulo deu adeus à Libertadores. não chegando sequer à fase de grupos, muitos torcedores ainda estavam perplexos, incrédulos,  sentados nas cadeiras do Morumbi. Outros, no entanto, tão frustrados quanto os mais calados, estavam revoltados, protestavam contra o presidente, gritavam e cantavam o nome de Muricy Ramalho- o símbolo de uma época em que o São Paulo era um grande vencedor.

Agora, porém, com muitas dúvidas- uma delas é sobre o incerto futuro do técnico André Jardine-, até quanto ao rendimento de alguns jogadores caros e que andam com baixo rendimento, antes de uma análise geral, é preciso reconhecer que o São Paulo foi eliminado por empatar, 0 a 0, com o Talleres, de Cordoba, equipe mediana do futebol argentino. o mesmo Talleres que, na semana passada, tinha vencido o São Paulo por 2 a 0.

Uma coincidência(?);o São Paulo jogou muito mal tanto em Cordoba, na derrota, quanto no Morumbi, no empate sem gols, quando esteve amparado por quase 45 mil torcedores, que geraram uma renda superior a 3 milhões de reais.

Ísso é normal? Não me parece.É preciso analisar as razões de o tricolor andar jogando desse jeito- contra o Talleres até tentou ir para cima com quatro atacantes(Helinho- depois Nenê- Diego Souza, Pablo e Everton) – porque precisava fazer gols, tendo ainda Hernanes como segundo volante para organizar o ataque.

Não deu certo. E, por justiça, pergunto: qual é a culpa do presidente do São Paulo ,se contratou jogadores de reconhecidas virtudes como Hernanes, Diego Souza, Pablo, Nenê e Everton? Na minha opinião, nenhuma culpa. O que é mais duro de entender é a razão desses jogadores,caros, não estarem rendendo. Nos últimos jogos, o São Paulo só fez um gol, aquele da vitória contra o São Bento.

A primeira dedução seria a de os jogadores não estarem posicionados como deveriam.Pode ser. Mas o que tem a ver o posicionamento com as falhas incréiveis de Diego Souza, qie errou duas cabeçadas que, normalmente, seriam fatais? Ou seja: dois gols perdidos.

Será que neste caso, entrou em cena a tensão? Talvez. Mas onde estavam as jogadas de Pablo ou o tão festejado futebol de Hernanes? E as jogadas de Everton ou os chutes de Nenê?

O São Paulo tem badalados jogadores em má fase. E não sei a razão. Assim como não se explicou a queda de produção do tricolor no ano passado durante o Campeonato Brasileiro- Hernanes e Pablo não estavam- quando saiu de ótimo primeiro turno para um péssimo segundo. O fato é que o São Paulo oscila demais e deixou de ser  vencedor há um bom tempo.

Acredito que o diretor-executivo do São Paulo, o ídolo Raí, tem trabalhado bem as contratações, levando ao clube jogadores interessantes.Mas não conheço as razões das oscilações nas atuações, nas campanhas; ou até mesmo se o jeito de treinar é o mais adequado para uma equipe hoje insegura como a do tricolor.

Já no domingo tem clásico com o Corinthians. Não se sabe se o técnico ainda será André Jardine(pelo jeito, será) ou se a troca de treinador é a ideal para o momento melancólico do adeus à Libertadores.Penso que o São Paulo deveria ter um estudo mais profundo que levem às respostas que não são possíveis agora.

Trata-se de um caso bem complexo. Estranho mesmo.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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