A aula de Sampaoli e o caso Bruno Henrique
1- Foi uma aula de como incentivar e movimentar um time sem estrelas. E quem a deu não tem a pose de um mestre: baixinho, agitado, os braços tatuados, o olhar arregalado, transmite a seus jogadores a sensação- e a obrigação- da fome de bola.
Trata-se de Jorge Sampaoli, que já foi campeão da Copa América pela Seleção do Chile, autor da revolução no futebol do Chile, dirigindo o time da La U, contratado depois a peso de ouro pelo Sevilla, de onde saiu para treinar a Seleção Argentina na Copa da Rússia.
Histórico à parte, impressionou-me o que Sampaoli fez com o time do Santos diante do forte São Paulo, neste domingo. Não me lembro de uma chance sequer do tricolor em chegar às redes de Vanderlei, mas me recordo de várias jogadas em que o Santos esteve para marcar mais gols.
Sei lá qual foi a mágica de transformar bons jogadores- ou regulares-em peças preciosas como Jean Mota, Derlis Gonzalez- na minha opinião, o melhor em campo- e um venezuelano de 1 m60, Soteldo em atacante útil. De quebra, Sampaoli mostrou sua versatilidade tática, deixando o Santos com três zagueiros- Luís Felipe, Gustavo Henrique e o colombiano Aguilar- transformando Copete em falso lateral- esquerdo.
Tudo isso diante do São Paulo.
Bem, o Santos venceu o São Paulo por 2 a 0, gols do zagueiro Luís Felipe, de cabeça, e do paraguaio Derlis Gonzalez, este com direito a fintar o goleiro Thiago Volpi com a perna direita e arrematar com a esquerda. Poderia ter sido um placar mais amplo.
Com o triunfo, o Santos tem 9 pontos em 3 jogos, aproveitamento de 100 por cento. Surpreendente para quem se esperava pouco antes de começar o Campeonato.
Graças a Sampaoli!
2- Caso Bruno Henrique? A qual deles estou a me referir-ao que estreou pelo Flamengo marcando os dois gols da virada contra o Botafogo? Ou ao outro Bruno Henrique, meio-campista do Palmeiras (segundo melhor jogador do time campeão brasileiro de 2018, só atrás de Dudu) e que o futebol chinês pretende levar?
Na verdade, refiro-me aos dois. O do Flamengo, por sua exuberante performance, marcando em 60 minutos dois gols- o que fizera no ano passado, quando se machucou, durante toda temporada.
E o do Palmeiras porque uma fonte ligada à cúpula do clube me avisou que haverá resistência contra a saída do meio-campista, com a intenção por parte de quem de direito de oferecer um belo aumento ao jogador para ele ficar. Não sei se será suficiente para cobrir a proposta do Tianjin Teda- que pensa até em pagar a multa rescisória, 6 milhões de euros (25,8 mi de reais)-mas, que haverá esforço isso é certo.
De quebra, a fonte informa que não está descartada, em breve, uma nova investida para a volta de Keno.
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