River, campeão da América. E o Mercado da Bola
1- Inédita e turbulenta final da Libertadores- pela primeira vez decidida por dois gigantes da Argentina,River e Boca- o chamado Super Clássico não foi exatamente um primor de técnica. Não faltou emoção, isso sim. mas nenhuma das duas equipes obrigou, por exemplo, o goleiro adversário a grandes defesas ou perdeu chances claras de gol.
Na média, o River Plate foi melhor durante as duas horas e mais acréscimos de futebol. E teve alguns jogadores que foram superiores: por exemplo, o volante Quintero, colombiano, autor do segundo gol do campeão e que entrou já na etapa final para melhorar o meio-campo; ou o autor do terceiro gol, Pity Martinez, que correu quase o campo inteiro para empurrar a bola, mansa e obediente para as redes do Boca(desesperado, Andrada, nesse momento, estava na posição de centroavante, na área do River); ou o guerreiro e goleador Lucas Pratto, autor do primeiro gol, quando estava 1 a 0 para o Boca.
Do lado do Boca, mais uma vez fiquei surpreso com o centroavante Benedetto. Ele fez, de novo, um golaço: recebeu a bola na entrada da área, deu um drible desconcertante em Maidana- que ficou no chão, estirado- e abriu a contagem com chute certeiro no canto esquerdo de Armani.
O Boca Juniors foi até melhor do que River no primeiro tempo- a situação se inverteu na segunda etapa e na prorrogação- mas confesso que esperava bem mais de Perez, de Pavon, de Barrios… Quando Benedetto saiu, aos 15 minutos do segundo tempo, quem no Boca oferecia perigo? Benedetto foi a alma do Boca nos últimos jogos.
Logo, essa vitória do River Plate, por 3 a 1, pareceu- me justa. Diante de mais de 62 mil pagantes; Pela quarta vez em sua História, o River Plate conquista o título de campeão da Taça Libertadores da América. Tetra, portanto. O que é expressivo.
2- O Mercado da Bola, por enquanto, oferece algumas novidades e muitas especulações. Por exemplo:
a) É praticamente certo que, depois da eleição de Rodolfo Landim para presidente do clube, o Flamengo anuncie rapidamente a contratação de Abel Braga para ser seu novo técnico de futebol. Boa escolha, apesar do belo trabalho desenvolvido por Dorival Jr., pois Abel vai querer exatamente o que pregou o novo presidente em sua campanha; ganhar títulos, ter de volta um Flamengo campeão.
E a julgar pelo elenco que terá disponível( Diego talvez não fique, não sei a opinião de Abel), vultuoso orçamento e muita grana para gastar em contratações, o Fla será um candidato seríssimo em 2019 ao título de cada competição que disputar. Foi o vice-campeão brasileiro neste 2018, mas mesmo assim lotou o Maracanã em seu jogo- despedida da competição.
b) Com a volta de Fábio Carille, o Corinthians ainda terá de contratar jogadores de peso. Carille, sozinho, não será suficiente. Só que, com ele,técnico que venceu três Campeonatos- um Brasileirão e dois Paulistas- terá mais identidade, com um padrão de jogo mais claro, ainda que defensivo e explorando mais o contra-ataque.
Fundamental, logo de cara, é conseguir um centroavante goleador. Assim como Jô…
c) E o Palmeiras, atual campeão brasileiro, pensa em reforçar ainda mais o seu elenco, Além de Zé Rafael e do centroavante Arthur, sonha com nomes de peso, especialmente com um velocista( Keno é o preferido, apesar das dificuldades) e com um goleador, de preferência Ricardo Goulart, que fez tratamento pós artroscopia no Palmeiras até sábado.
Há outros nomes em pauta, como o volante Matheus Fernandes, do Botafogo, e o velocista Carlos Eduardo(ex- Goiás), do Pyramids, do Egito.
Se esses jogadores virão ou não, é outra história. A conferir.
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