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Blog do Roberto Avallone

O Corinthians, líder. E justiça a Fernando Prass

Roberto Avallone

29/05/2017 01h04

Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

1- O Corinthians é o líder do Campeonato Brasileiro. Tem quase tudo igual ao Cruzeiro: sete pontos,duas vitórias,três gols marcados, um sofrido, saldo de gols idêntico. Leio, no entanto, que um número pouco divulgado favorece os corintianos: em caso de desempate de números tão parecidos, entra o aspecto disciplinar, tendo o Corinthians três cartões amarelos e o Cruzeiro, seis. Nenhuma dessas equipes levou cartão vermelho.

Tudo isso serve como curiosidade, talvez apenas curiosidade, em um Campeonato longo, equilibrado e que ainda têm a serem disputadas 35 partidas. Até agora, foram apenas três.

Entre Cruzeiro e Corinthians, na rodada deste domingo, teoricamente a grande façanha foi a da equipe mineira, que venceu o Santos, na Vila Belmiro, por 1 a 0, gol de Thiago Neves. Não é fácil bater o Santos na Vila. Mas disse teoricamente porque jogando o suficiente, sem brilhos ou lantejoulas, o Corinthians ganhou do Atlético Goianiense, fora de casa, por 1 a 0, gol de Rodriguinho, após bela jogada de Guilherme Arana. E a vitória valeu três pontos, como a do Cruzeiro sobre o Santos.

Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

2- Tenho o maior apreço pelo goleiro Fernando Prass, herói de tantas batalhas pelo Palmeiras, onde, na final da Copa do Brasil em 2015 até gol fez na decisão por pênaltis. Mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

Seria injusto, por exemplo, omitir que Prass falhou- e falhou mesmo!- nas duas últimas partidas de seu clube, no gol do Tucumán  quarta-feira passada e na derrota de sábado, diante do São Paulo, quando Prass errou nos dois gols. Ele mesmo falou "em bola defensável".

Até aí, aconteceu mesmo, como já ocorreu com Gilmar dos Santos Neves, Iashin (o russo apelidado " Aranha Negra"), São Marcos- do Palmeiras- e, creio com quase todos os goleiros das mais variadas épocas, de grande ou menor expressão. Registrar os fatos é, diria, uma obrigação.

Mas daí a exagerar na dose e ignorar créditos passados e recentes, não acho legal. Tudo bem que Prass vai completar 39 anos em julho e que as duas últimas partidas surpreenderam pela firmeza que ele sempre mostrou, atuando. Foram, no entanto, repito, duas partidas, que são quase nada diante de tudo que Prass já mostrou e o mínimo que se espera é por uma sequência de jogos, até para demonstrar se as falhas foram ocasionais, se indicam má fase ou alerta para o futuro.

Por enquanto, na minha opinião, elas simplesmente aconteceram. E creio que, por mérito, Fernando Prass terá a oportunidade-sei lá por quanto tempo- de mostrar que segue sendo o grande goleiro, quase sem falhas, de comportamento exemplar.

Por uma questão de justiça.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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