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Blog do Roberto Avallone

No clássico, o público foi maior do que o futebol exibido

Roberto Avallone

13/07/2016 00h40

Foto: Cesar Greco / Fotoarena/ Divulgação

Foto: Cesar Greco / Fotoarena/ Divulgação

Ao final do clássico, falava-se que o resultado não foi "de todo ruim", nem para o Palmeiras e nem para o Santos: bem ou mal, com esse empate de 1 a 1, o Palmeiras ainda é o líder do Campeonato, 29 pontos, e o Santos salta para o G-4, 23 pontos e bem melhor saldo de gols do que os outros que têm essa pontuação. Matematicamente isso até que é verdadeiro, mas não é bem esse o sentimento do torcedor, que não é tão resignado quanto os números e esperava, é claro, mais gols no clássico e a vitória de sua equipe: foi batido o novo recorde do Allianz Parque com 40.o35 pagantes.

As razões para as queixas:

1- Pelo Palmeiras, há torcedores que criticam o segundo tempo da equipe; a modificação do técnico Cuca (colocou Arouca e não Cleiton Xavier no lugar do machucado Moisés, deixando o time com três volantes); o árbitro que não assinalou pênalti de Zeca-bola em seu braço direito-mas deu falta de Lucas Barrios em outro lance, pelo mesmo motivo; e a falta de sorte do time, que já estava sem Roger Guedes e Gabriel Jesus e ainda perdeu, durante o jogo, o eficiente Moisés (logo no início) e também o seu melhor jogador na partida, o zagueiro colombiano Mina, que jogou muito e ainda fez o gol, de cabeça, exibindo incrível impulsão, logo aos 6 minutos. Realmente, é muita coisa! Ah, e teve o gol de empate, marcado por Gabigol, em chute que desviou em Vitor Hugo, tirando qualquer chance de Fernando Prass.

2- Pelo Santos, os lamentos mais ouvidos foram os do mau primeiro tempo, com Lucas Lima e Gabigol sem render o que podem, e, curiosamente, o belo segundo tempo, etapa em que o Santos dominou o naquela altura alquebrado Palmeiras, teve muito mais posse bola, mas não foi além de um empate: "A vitória esteve muito perto da gente"- dizia Gabigol, depois da partida. Na verdade, foi impressionante como o Santos esteve diferente de um tempo para o outro, inclusive na participação de Lucas Lima que, sincero, ao saber da presença do técnico Tite no estádio, disse "que espero que ele tenha gostado, pelo menos do segundo tempo, pois o primeiro foi ruim". Mas, como já foi dito, o segundo tempo do Palmeiras também foi ruim, ao contrário do primeiro, quando fez por merecer a vitória parcial e que foi desfeita na etapa final.

Enfim, não foi um clássico à altura de suas tradições, de futebol sempre belo e goleador. Mas, pelas circunstâncias, pelo menos os jogadores atuaram com muita disposição e o resultado-como foi dito no início-, colocou um na liderança e o outro no G-4.

Meno male para ambos.

 

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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