A goleada do Corinthians no Maracanã. O descuido do Palmeiras. A reação do São Paulo. E mais...
1- Foi surpreendentemente fácil a vitória do Corinthians sobre o Flamengo, no Maracanã. Se quiserem, podem chamar de goleada: 3 a 0, com gols de Elias (em minha opinião, o melhor em campo), Uendel e Jadson, em duelo das grandes torcidas. Surpresa foi a fragilidade rubro-negra, uma equipe desorganizada taticamente, incapaz de oferecer grandes perigos a Cássio- depois Walter- exposta sempre aos contra-ataques corintianos, que se aproveitaram dos erros do Flamengo. E que foram muitos.
Ah, mas Guerrero e Émerson "Sheik" não jogaram, podem argumentar os flamenguistas. É verdade, mas um time não deve viver em função de dois jogadores e nada tem a ver a qualidade dos que estavam em campo com esquema tático, padrão de jogo, essas coisas básicas do futebol. Não sei se o técnico Cristóvão irá resistir por muito tempo.
Quanto ao Corinthians, está em grande fase o seu meio- campo, principalmente Elias, Renato Augusto e Jadson, ficando Bruno Henrique como coadjuvante. E isso dá consistência a qualquer equipe para pontuar, mesmo que o resto do time não seja brilhante.
2- O Palmeiras fez o mais difícil lá na Arena Pernambuco: virou o jogo (dois gols de Leandro Pereira), depois de estar perdendo por um a zero. E foi sustentando a vitória, graças também a pelo menos cinco defesas espetaculares de Fernando Prass, quando a definição do jogo esteve nos pés do menino João Pedro, 18 anos, que ficou cara a cara com o goleiro, aos 43 minutos e meio do segundo tempo: João Pedro, mesmo em velocidade e sem marcação não driblou o goleiro e nem chutou, desperdiçando a chance preciosa de liquidar o jogo.
Pois em seguida, foi o Sport ao ataque e sabe-se lá como- o que é raro em situações como essa, quando um time se defende- André apareceu livre de marcação e, sem ser incomodado, até fez pose para chutar com o peito do pé direito e empatar a partida.
Se empatar com o Sport no Recife não é mau resultado, normalmente, foi doloroso para o Palmeiras pelas circunstâncias (no fim do jogo) e pelo descuido de André aparecer livre na área. Ficou evidente também que faz falta um meia que coordene o jogo, que comande os companheiros, pois Valdivia não joga mais, Zé Roberto é veterano e Cleiton Xavier até agora (e já são meses) não entrou em forma.
3- O São Paulo está em franca recuperação e neste domingo de manhã, diante de quase 60 mil pagantes, venceu o Coritiba por 3 a 1, dois gols de Pato- que vive excelente fase- e um de Centurión. O triunfo sobre o Vasco no meio da semana, do jeito que foi (4 a 0), deu forças ao time e ânimo à torcida, estando agora o tricolor em quinto lugar no Campeonato e com jeito de quem estará firme.
A exceção parece ser Paulo Henrique Ganso, vaiado por torcedores, que mesmo defendido pelo técnico Juan Carlos Osorio e por seus companheiros, está longe ser aquele craque que foi, capaz de disputar com Neymar- vejam só- quem era o maioral daquele time goleador do Santos.
Difícil explicar o que se passa com Ganso: tem raros momentos de brilho, atua com pouca intensidade, quase não parece na área- como fazia antes- para fazer seus gols. Clinicamente, dizem, ele está recuperado, embora, por coincidência, desde uma grave contusão que teve, alterne momentos brilhantes com outros em que some. E este, nos últimos tempos têm sido mais frequentes, tornando-se misteriosos, pois podem ser assim não por aspectos clínicos, mas por falta de consciência do jogador do que é, verdadeiramente, jogar com intensidade como exige o futebol moderno.
4- Melhor time do Brasil no momento- e o momento pode mudar de uma hora para a outra-, o Atlético Mineiro joga para a frente e está em arrancada espetacular no Campeonato, em sua sexta vitória consecutiva, com façanhas dentro e fora de casa, a consolidar sua posição de Líder. Líder com éle maiúsculo, mesmo.
Outro destaque é o Santos, que está na zona do rebaixamento- de onde saiu por um dia- mas com muito mais esperanças, pois bateu o Figueirense por 3 a 0, na estreia do técnico Dorival Júnior, exibindo futebol que pode evoluir.
Enfim, um Campeonato cheio de alternativas, tanto na parte de cima da tabela quanto na ameaçadora parte de baixo.
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