Muricy fica. Mas até quando?
Confesso que jamais vi Muricy Ramalho em tão frágil estado de ânimo. Cheguei a ficar assustado quando eu o ouvi, na entrevista coletiva. Mais monossilábico do que nunca, dizendo "bater forte na porta não adiantou nada", "não é que o time perdeu, o pior é que não está jogando bem", "tem bons jogadores, não? Alguma coisa precisa mudar".
Não era o Muricy vigoroso do tal "aqui é trabalho", revelava profundo desgosto. Seria com ele mesmo? Talvez o susto que passou há um tempinho pela diverticulite, a divisão que ele disse existir no São Paulo, a decepção com um outro jogador. Sei lá.
Torço por Muricy. Sempre tivemos um ótimo relacionamento. Há um bom tempo, creio que em 2006, quando eu comandava um programa de esportes, no mesmo dia em que o São Paulo foi campeão brasileiro, ele era o convidado especial da mesa de debates.
Naquela noite, o Morumbi ficou sem luz. Por sorte, a emissora tinha seu estúdio no bairro e Muricy morava por lá também, mas em um prédio, se não me engano de 15 andares. Seu apartamento ficava no último andar.
E não é que, na hora marcada, Muricy apareceu? Desceu a pé todos os andares só para não faltar com a palavra. Um gesto desse não se esquece.
Mas, com tudo isso, creio que Muricy só voltará a sorrir se o São Paulo jogar futebol. E na Libertadores, o torneio predileto da torcida.
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