Zé Roberto, 40 anos, perto do Palmeiras. Qual o limite de idade de um craque
A discussão é antiga e não há uma data-limite, pois depende do jogador. Mas, mais ou menos, até quando? Bem, Pelé, que foi o melhor de todos os tempos e tinha o físico perfeito, jogou até os 37 anos, nos Estados Unidos.
Seria este o parâmetro? Nem sempre, pois com as mudanças no futebol, o momento deparar também mudou. Aquino Brasil, em outros tempos, quando a bola corria mais do que o jogador, tivemos alguns exemplos de longevidade: Jair Rosa Pinto jogou até os 42 anos, Djalma Santos passou dos 40, mas sem a obrigação de correr tanto, em futebol cadenciado que hoje não se vê mais.
E são poucos os exemplos dos quarentões jogando bola, a não ser para os goleiros: Rogério Ceni está para completar 42 anos, Dida está nessa faixa e, lembremos, o italiano Dino Zoff foi campeão do mundo, em 1982, exatamente com 40 anos. Mas são goleiros, repito, o que é muito diferente. Jogador de linha mesmo, quarentão, que eu me lembre de ter lido foi o inglês Stanley Mattews que, aos 44 anos, em Londres, levou a melhor sobre o grande Nílton Santos (na época com 26 anos), na goleada inglesa sobre, por 4 a 2, em 1956.
Na verdade, este ponta inglês foi uma exceção à regra.
E Zé Roberto, o que é? Em minha opinião, outra exceção. Que desafia os tempos, campeão do fôlego e da resistência. Até quando não se sabe. É craque, sim, e a ideia de continuar a carreira pode ter sido uma boa ideia. Pode, eu disse. Como garantir?
Não deixa, no entanto de ser uma incógnita.