Palmeiras: sufoco, alivio e a certeza de que reformular é preciso
A tevê flagrava cenas inusitadas: ao final do drama, torcedores choravam de alivio- por ter escapado da degola- e de raiva, muita raiva, pelo sufoco que o time passou neste jogo de empate com os reservas do Atlético Paranaense (1 a 1) e em quase toda pífia campanha.
Segundo consta, nenhum time, desde a era dos pontos corridos, que começou em 2003, conseguiu escapar com apenas 40 pontos. O Palmeiras foi o pioneiro. Ah, que campanha, meu Deus! Só esses minguados pontos já citados e uma vergonhosa coleção de 20 (!) derrotas na competição.
Graças ao bom goleiro Fernando Prass e ao craque Valdivia, o goleiro pelas boas defesas e o meia pela capacidade em articular jogadas (mesmo sem condições físicas ideais), o Palmeiras arrancou o empate dos reservas/ meninos do Atlético, depois de levar sufoco. Isso, através de um gol de Henrique, de pênalti. E daí?
E daí que a não ser em uma outra investida, o Palmeiras não incomodava o goleiro Weverton. Não me lembro de uma grande defesa, pelo menos, do goleiro da equipe paranaense. Por sua vez, o goleiro palmeirense, Fernando Prass, foi autor de boas intervenções em arremates dos reservas do Furacão.
E então, o que se pode deduzir, diante da péssima campanha e das dificuldades em disputar, em casa, um jogo decisivo? A dedução é simples: é mais do que necessária uma reformulação quase que total no futebol palmeirense, avaliando-se com todo o rigor não só o elenco, mas também a Comissão Técnica, os setores ligados a ela e também os métodos da diretoria, que talvez reviva um dirigente experiente ao lado de profissionais do ramo.
Pelo que fiquei sabendo nos bastidores do clube, ouvindo gente influente e conselheiro de respeito, a tendência é a de que o treinador Dorival Júnior não fique. Trata-se de ótima pessoa, de profissional que já fez bons trabalhos em outros clubes, mas é difícil defende-lo diante dos resultados obtidos, entre eles um rápido balanço de 6 vitórias e 9 derrotas.
Em todo o caso, acho que é precipitado cravar se Dorival fica ou não- eu disse que a tendência é a sua saída- ou de que tamanho será a limpeza no inchado elenco.
Talvez tudo comece pela contratação do novo executivo do futebol, provavelmente Alexandre Mattos, que teve sucesso na montagem do Cruzeiro bicampeão mineiro. Renovar é preciso, até para esquecer esse Centenário de tantas aflições. E que teve até no santista Thiago Ribeiro o herói inesperado, autor de um gol decisivo que na Arena palestrina não surgiu.
Palmeiras, que 2015 lhe seja mais leve.
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