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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras: sufoco, alivio e a certeza de que reformular é preciso

Roberto Avallone

07/12/2014 22h16

Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

A tevê flagrava cenas inusitadas: ao final do drama, torcedores choravam de alivio- por ter escapado da degola- e de raiva, muita raiva, pelo sufoco que o time passou neste jogo de empate com os reservas do Atlético Paranaense (1 a 1) e em quase toda pífia campanha.

Segundo consta, nenhum time, desde a era dos pontos corridos, que começou em 2003, conseguiu escapar com apenas 40 pontos. O Palmeiras foi o pioneiro. Ah, que campanha, meu Deus! Só esses minguados pontos já citados e uma vergonhosa coleção de 20 (!) derrotas na competição.

Graças ao bom goleiro Fernando Prass e ao craque Valdivia, o goleiro pelas boas defesas e o meia pela capacidade em articular jogadas (mesmo sem condições físicas ideais), o Palmeiras arrancou o empate dos reservas/ meninos do Atlético, depois de levar sufoco. Isso, através de um gol de Henrique, de pênalti. E daí?

E daí que a não ser em uma outra investida, o Palmeiras não incomodava o goleiro Weverton. Não me lembro de uma grande defesa, pelo menos, do goleiro da equipe paranaense. Por sua vez, o goleiro palmeirense, Fernando Prass, foi autor de boas intervenções em arremates dos reservas do Furacão.

E então, o que se pode deduzir, diante da péssima campanha e das dificuldades em disputar, em casa, um jogo decisivo? A dedução é simples: é mais do que necessária uma reformulação quase que total no futebol palmeirense, avaliando-se com todo o rigor não só o elenco, mas também a Comissão Técnica, os setores ligados a ela e também os métodos da diretoria, que talvez reviva um dirigente experiente ao lado de profissionais do ramo.

Pelo que fiquei sabendo nos bastidores do clube, ouvindo gente influente e conselheiro de respeito, a tendência é a de que o treinador Dorival Júnior não fique. Trata-se de ótima pessoa, de profissional que já fez bons trabalhos em outros clubes, mas é difícil defende-lo diante dos resultados obtidos, entre eles um rápido balanço de 6 vitórias e 9 derrotas.

Em todo o caso, acho que é precipitado cravar se Dorival fica ou não- eu disse que a tendência é a sua saída- ou de que tamanho será a limpeza no inchado elenco.

Talvez tudo comece pela contratação do novo executivo do futebol, provavelmente Alexandre Mattos, que teve sucesso na montagem do Cruzeiro bicampeão mineiro. Renovar é preciso, até para esquecer esse Centenário de tantas aflições. E que teve até no santista Thiago Ribeiro o herói inesperado, autor de um gol decisivo que na Arena palestrina não surgiu.

Palmeiras, que 2015 lhe seja mais leve.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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