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Blog do Roberto Avallone

Em jogo o futuro do Palmeiras, no campo e nas urnas. E mais: força ao Rei Pelé

Roberto Avallone

28/11/2014 01h44

1- Como jornalista, creio que não posso e nem devo apoiar um lado politico nas eleições de um clube. E mesmo que pudesse, confesso que estaria em dúvida no pleito palestrino deste sábado, acreditando até mesmo que, diante do quadro delicado do time de futebol deveria, excepcionalmente pelo menos, existir uma união entre situação e oposição, um consenso para a escolha dos melhores dirigentes de um lado e de outro na tentativa de acordar o gigante adormecido.

O campeão do século passado. Sim, do século passado, pois neste (século), enquanto rolam as divergências nas urnas, o time de futebol luta não academicamente por títulos, como era hábito em outros tempos, mas desesperadamente tenta evitar o rebaixamento, que seria o terceiro em doze anos. Tem apenas duas rodadas para escapar, sendo o Inter neste sábado das eleições e, depois, o Atlético Paranaense.

Não sei se escapa.

Como a união pregada é utopia mesmo em momento tão delicado, que o vencedor nas urnas seja ungido pelo ideal dos antigos palestrinos, onde o pensar grande e o futebol bem jogado eram características do Gigante que atravessou quase todo um século com conquistas épicas dentro de campo. Em um certo momento do passado, tendo como hiato o período da parceria com a Parmalat, essa chama foi se apagando, lentamente, até chegar destes últimos anos, quando, desde 2002 o flerte com a degola tem sido constante.

Sei lá se vence Paulo Nobre, pela situação, ou se o oposicionista Vlademir Pescarmona leva a melhor. O mais importante, acredito, é um que possa ter aprendido com os próprios erros (Nobre) ou o outro mais experiente no ramo do futebol (Pescarmona) utilize a sua vivência. Que o vencedor possa reimplantar no clube a mentalidade do Palmeiras grande, que disputa títulos, que não perde seus melhores jogadores, que contrate craque e sem contrair dívidas imensas.

É tarefa difícil? Sim. Mas se foi cumprida em outras épocas por que não agora? Há bons exemplos, como, digamos, os mineiros Cruzeiro e Atlético, que descobriram a fórmula da grandeza eterna depois de quase terem sido alcançados, há alguns anos, pelo rebaixamento.

E, sem pretender ser repetitivo, o Palmeiras pode mirar-se em seu próprio exemplo do passado quando lembrava o destino de um campeão predestinado.

2- Não tenho muito o que dizer, diante do instável quadro clínico de Pelé, internado e lutando contra problemas que não parecem tão simples quanto se supunha: sou mais o Rei do futebol, que sempre levou de vencida no campo as situações mais delicadas e que dava a impressão de ser o "Homem de Ferro". Já, já, creio, Pelé estará de volta a sua casa, brincando que "só não posso jogar no domingo".

Na torcida, Rei

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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