João Neto, 11 anos, êxodo precoce? E Cruzeiro e Flamengo largam na frente
1-Tudo o que sei sobre este caso é através da interessante reportagem do UOL. Fico sabendo, então, que o menino João Neto, 11 anos, jogador do Sub- 11 do Corinthians (creio que se trata de categoria equivalente dente-de-leite do passado) teria ido para o Benfica, indicados por Luizão e Deco, agentes ligados ao forte empresário português Jorge Mendes, que tem entre seus clientes Cristiano Ronaldo.
Há algo errado nisso? Pelas normas, parece que não, até porque o pai do menino alega que vai trabalhar fora do País, ficando perto de João, seu filho, o que a Lei protege.
O que espanta, no entanto- se o garoto acertar mesmo com o Benfica- é o êxodo de jovens talentos, no caso é criança, mesmo, mas há outros de meninos um pouco mais velhos que surgem, cada vez mais precoces, com os clubes meio que de mãos atadas. Antes, houve época em que o "passe" significava um total domínio sobre o jogador. Não me parecia certo. Mas agora, o poder passou dos clubes para os empresários. Invertendo os papéis: sob a luz da nova lei, os clubes, muitas vezes, passaram a ser dominados, tendo como única vantagem a quantia irrisória que recebem como "formadores". Coisa de cinco por cento em cada transferência futura.
Acredito que um meio termo nessa história seria o correto. Nem para um lado e nem para o outro, pois se é sagrado o direito de trabalhar e da livre escolha, a vantagem de formar jogadores também deve ser respeitada. Muitos clubes já desistiram dessa ideia por julgarem que não vale a pena.
É necessário um novo estudo sobre a questão. Há de se encontrar um ponto de equilíbrio entre os interesses.
O amigo concorda?
2- Cruzeiro e Flamengo largaram na frente, diante de Santos e Atlético Mineiro, nas semifinais da Copa do Brasil. O Cruzeiro ficou em placar magro, 1 a 0, gol de Willian, tendo sido prejudicado pelo equívoco da arbitragem no gol mal anulado de Ricardo Goulart, que lhe daria vantagem mais robusta no jogo da volta; o Santos, por sua vez até que fez um bom segundo tempo, redimindo-se da péssima primeira etapa, quando não deu um chute sequer ao gol.
Já no Maracanã, empurrado pelos mais de 40 mil pagantes, o Flamengo marcou 2 a 0 (gols de Caceres e Chicão, este de pênalti) sobre o Atlético Mineiro e vai a Belo Horizonte com considerável vantagem para chegar à final. Só resta lembrar que o Galo enfrentará situação idêntica ao duelo contra o Corinthians quando, perdedor por 2 a 0 no jogo de São Paulo deu uma virada incrível em seu estádio, ao golear por 4 a 1. É o time do "eu acredito!".
Como cada jogo tem a sua história, nada garante que o Atlético vá repetir as suas façanhas. O Flamengo de Luxemburgo deu um largo passo para chegar à final.
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