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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras e Corinthians, o último Dérbi no Pacaembu

Roberto Avallone

24/10/2014 02h29

Reprodução Internet

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Sei lá se por um motivo qualquer, Palmeiras e Corinthians ainda voltem a disputar esse clássico no Pacaembu. Mas, pelo jeito, este sábado marcará o último Dérbi no velho e romântico estádio, que já abrigou tantas emoções: o Corinthians já tem a sua Arena, assim como o Palmeiras deve ter a dele em novembro deste ano.

E assim, para eles, o Pacaembu será apenas uma linda história.

Quanto ao jogo de agora, diria que é uma partida de contrastes, com o Corinthians em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, lutando, no mínimo, por uma vaga na Libertadores: o Palmeiras, por sua vez, décimo- quarto colocado, briga mesmo é para não ser rebaixado para a Segundona, condição que sua torcida não esperava no ano de seu Centenário.

De qualquer jeito, é sempre um Palmeiras e Corinthians. Casa cheia. Sem favorito.

Aliás, de casa cheia sempre vi este clássico, desde os tempos de menino, levado pelas mãos generosas de meu pai às arquibancadas do Pacaembu. Vi o Dérbi de todas as maneiras, sempre com uma emoção especial entre os torcedores, algo que é percebido mas não explicado. Goleadas? Vi um 6 a 4 (dez gols) para o Corinthians no começo dos anos 50, com Claudio e Baltazar fazendo a festa e o goleiro palmeirense, Herrera, estrear e nunca mais jogar pela equipe acusado de falhar demais; vi também Palmeiras 5, Corinthians 2, com dois gols de Julinho, dois de Vavá e um Servílio contra dois do ponta-esquerda Lima, depois de o placar chegar a cinco a zero.

Brigas? Muito poucas, não me lembro de algum grande tititi no estádio. E não só no estádio, pois quando não coincidia de meu pai me levar, curtia ir de caminhão da Casa Verde até o Pacaembu, ao lado de torcedores de todos os times grandes. Sem nenhum drama.

Confesso que me atinge uma ponta de nostalgia. E não é uma pontinha, não. É uma nostalgia gostosa, que me remete aos tempos de paixão sem violência. Será que um dia eles voltam?

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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