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Blog do Roberto Avallone

Ao Santos, os gols; ao Palmeiras, a recaída. E Corinthians, o das façanhas

Roberto Avallone

20/10/2014 02h57

Foto: Reinaldo Canato/UOL

Foto: Reinaldo Canato/UOL

1- O Santos nem precisou correr tanto, preferindo se aventurar nos momentos certos, para bater o Palmeiras, por 3 a 1. Para quê se expor ao desgaste se, caindo na própria imprudência, o adversário era vítima dos próprios erros em tarde de domingo de Pacaembu lotado que apoiava o Palmeiras como se fosse aquele de antigamente?

O Santos chegou aos dois primeiros gols por méritos próprios, é verdade, mas com a colaboração de erros primários da defesa palmeirense. No primeiro, o jovem Geuvânio chegou a apostar corrida com o veteraníssimo Lúcio antes de chutar no canto esquerdo de Fernando Prass. E no segundo gol, em falta batida em profundidade da intermediária do Palmeiras, mais uma vez pela esquerda do ataque, Lucas Lima serviu Mena que cruzou para Gabriel marcar.

Qual a coincidência dos dois lances? Simples: o lado direito da defesa do Palmeiras estava totalmente desprotegido. Culpa de Lúcio, do jovem lateral João Pedro e até do técnico Dorival Júnior que não preparou esquema adequado para conter a previsível velocidade do Santos.

Ah, o jogo estava liquidado.

Mesmo assim, na etapa final, enquanto o Palmeiras girava o campo sem contundência, o Santos fez mais um gol, Gabriel- em posição discutível-, como? Outra vez, mais pelo lado direito da defesa palmeirense, desta vez um pouco mais pelo meio, com direito a Gabriel escolher o canto (preferiu o direito), sozinho, à frente de Fernando Prass. No finzinho, o gol de Henrique, de cabeça, após centro de Mazinho (que entrara no lugar de Wesley) foi só para configurar o chamado gol de honra.

Honroso, sim, mas que não resolve nada.

Com o clássico, o Santos ganhou a certeza de que está apto para brigar por suas ambições e de que joga melhor sem Leandro Damião. E o Palmeiras se convenceu de seus limites e de que nesta aflita luta contra o rebaixamento nem pode se descuidar diante daqueles que estão acima da tabela: é jogar no feijão com arroz, fechadinho e se aventurando de vez em quando ao ataque.

Caso contrário, levará outra surra.

Foto: Divulgação/Agência Corinthians

Foto: Divulgação/Agência Corinthians

2- Este, sim, é o mais puro Robin Hood corintiano. Mais do que isso, um Robin Hood imprevisível, Depois de perder de 4 do Atlético Mineiro e do protesto de sua torcida, lá se foi o Corinthians, a enfrentar o Inter, em Porto Alegre, lutando ainda com a presença de Nilmar entre os colorados.

E seguindo a regra que o acompanha neste Campeonato, venceu mais um forte: 2 a 1, gols de Guerrero, Gil e Nilmar, colocando-se outra vez a candidato pelo menos a uma vaga na Libertadores- sonho que parecia desfeito após a goleada sofrida diante do Galo e que o eliminou da Copa do Brasil.

Como prever este Corinthians?

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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