Dunga chega à Copa da Rússia? E o Mercado da Bola
Evidentemente que Dunga não representa a revolução que se pretendia no futebol brasileiro e na Seleção. Embora tenha dito em sua apresentação que conversou com gente importante do Exterior, como o italiano Arrigo Sacchi e o holandês Gullit e tenha discutido formas variáveis de jogar como um futebol mais compactado e "atacar pelo menos com cinco jogadores", isso é muito pouco para tirar da letargia o nosso joguinho de hoje em dia.
Ah, como faria bem um Guardiola…
Há, no entanto, duas questões que este blogueiro gostaria de observar: a primeira delas é quanto aos números de Dunga, em sua passagem de quatro anos pela Seleção Brasileira, que em 60 jogos, obteve 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas, com aproveitamento de 76 por cento. Números difíceis de serem contestados, embora o futebol não tenha sido vistoso e nem de tanta qualidade. Dunga levou a Brasil a conquistar a Copa América, a Copa das Confederações, o primeiro lugar nas Eliminatórias. Em compensação, o Brasil foi só medalha de bronze nos Jogos Olímpico de Pequim e foi eliminado pela Holanda (2 a 1) nas quartas de final na Copa do Mundo de 2010. O que custou a demissão de Dunga.
A segunda questão é de ordem pessoal: sempre me dei muito bem com Dunga- que promete ser mais brando com a imprensa-, desde que trabalhamos juntos na Rádio Bandeirantes, na Copa do Mundo de 2002, onde fomos os comentaristas, ele lá na Coréia e no Japão, eu por aqui mesmo. Nem na Copa e nem depois, tive qualquer tipo de problema com Dunga. Para ser honesto, é preciso relembrar isso.
Agora, quanto ao futuro, posso estar enganado, mas não vejo nada além de um futebol à imagem e semelhança de Dunga, valente guerreiro de pouca habilidade, com seu time a jogar fechadinho na defesa, com "trombadas" no meio- campo e arriscando no contra-ataque. É o nosso chamado "arroz com feijão", um de nossos pratos típicos, mas sem que se jogue à brasileira, com pontas, um belo meia-armador, dribles e jogadas de entortar os gringos de cintura dura.
Se vai chegar à Copa da Rússia ou ficar pelo caminho, lamento não me chamo Nostradamus e nem tenho bola cristal. Mais do que todos nós, Dunga conhece o caminho das predas: depende dos resultados, quando, de passagem, talvez sem explicitar, deixou escapar em sua apresentação, na entrevista coletiva. Só os resultados, desde que positivos, garantirão a sua permanência.
O MERCADO DA BOLA
1- O craque colombiano James Rodriguez foi apresentado nesta terça-feira pelo Real Madrid, em seu estádio, para delírio de 45 mil pessoas. Custou cerca de 238 milhões de reais que, somados aos 300 milhões pagos por Bale há um ano e aos 90 milhões gastos com o alemão Kross, tudo isso junto ultrapassa a soma de 600 milhões de reais.
Meu Deus!
2- A torcida do Palmeiras respira um pouco mais esperançosa com a vinda desse jovem meio-campista Agustin Allione, 19 anos, mais a possibilidade (crença?) de serem contratados mais um meia e um centroavante.
Quem sabe?
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