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Blog do Roberto Avallone

O que restou da Seleção, depois de Felipão

Roberto Avallone

15/07/2014 00h41

Já sem Felipão, a Seleção Brasileira busca desesperadamente reencontrar o seu caminho. Não será fácil, sabemos. Pois o que está em jogo não é apenas a equipe que nos deu vergonha nesta Copa do Mundo, mas sim todo o futebol brasileiro, que anda bem atrasado taticamente e já não produz nem metade dos talentos dos tempos de ouro.

De qualquer maneira, um bom técnico estrangeiro- de preferência Mourinho ou Guardiola, podendo também ser "El Loco" Bielsa ou Jorge Sampaolli- poderá resolver os problemas da equipe num primeiro momento, adotando futebol mais compacto, marcação por pressão ou criando jogadas ofensivas, tipo bê-á-bá do futebol moderno. Nem isso tivemos durante a Copa.

Mas um só homem, mesmo acompanhado de seus auxiliares, não dará jeito em todos os problemas. E aí podem entrar brasileiros competentes, técnico de renome, para ajudarem a formar talentos nas divisões de base, preterindo os brucutus que não levam a nada e escolhendo os meninos bons de drible, de chute, de fundamentos.

Desses jogadores que fizeram parte da trágica campanha, apesar da quarta colocação, poucos devem – ou deveriam- ser aproveitados. A começar pelo goleiro, Júlio César, que já deu a entender que não tem mais como objetivo a Seleção, passando por todos os laterais- Daniel Alves, Maicon, Marcelo, Maxwell- que, sinceramente, não têm condições de jogar por uma Seleção Brasileira.

No meio- campo, Luiz Gustavo é regular, apenas marcador, enquanto Fernandinho e Paulinho talvez possam merecer nova chance, desde que vivam boa fase; Oscar, em minha opinião, vive de altos e baixos, embora tenha jogadas apreciáveis. Hulk e Fred- especialmente este-, creio, já deram adeus à Seleção.

E então, de inquestionável mesmo, sobra apenas um jogador: Neymar.

O que significa dizer que foi muito pobre o legado que Felipão nos deixou. Há muito trabalho pela frente, sabe-se lá por quantos anos…

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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