Topo

Histórico

Categorias

Blog do Roberto Avallone

Alemanha e Argentina, pela Taça. Brasil e Holanda para aliviar- ou aumentar- nossa humilhação

Roberto Avallone

10/07/2014 03h35

Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

1- E graças ao seu goleiro, Romero, a Argentina está classificada para enfrentar a Alemanha, no domingo, quando estará em jogo o título de campeão do mundo. Antes de se falar sobre quem tem mais chances de vitória, é preciso destacar o herói da partida, o goleiro Sergio Romero, 27 anos, 1 metro e 92 de altura, jogador do francês Monaco, autor de duas defesas em chutes holandeses na decisão por pênaltis.

E a importância de Romero fica ainda maior se levarmos em conta que Argentina e Holanda fizeram um jogo truncado, com poucas chances de gol, que mereceria no máximo uma nota 6, até mesmo as individualidades mais festejadas- Messi, pela Argentina, e Robben, pela Holanda- estiveram apagadas, cabendo uma só jogada de craque a cada um eles. O que, convenhamos, é muito pouco.

Depois de um zero a zero justíssimo, alguém precisava decidir a questão. E esse alguém foi Romero, o goleiro que levou a Argentina a final da Copa. Uma final duríssima para Los Hermanos.

AP Photo/Hassan Ammar

AP Photo/Hassan Ammar

Pois se o futebol tiver ainda um pingo de lógica, a favorita é a Alemanha, superior enquanto time, entrosamento e capacidade no meio-campo a todas as outras seleções da competição. Só que, por outro lado, a Argentina tem Messi, o jogador que em um só lance pode decidir uma partida. Ser favorita, então, não significa que a Alemanha vá ganhar, com certeza: tem mais possibilidades, é verdade, mas quando se joga contra Messi, ainda mais se ele estiver inspirado, não se tem certeza de nada.

2- Brasil e Holanda encaram de maneiras bem distintas o jogo de sábado, pelo terceiro lugar na Copa: enquanto Felipão dá claros sinais de se importar muito em ganhar o jogo (talvez para aliviar um pouco, mas só um pouco, a desastrosa derrota para a Alemanha), o técnico holandês, Louis Van Gaal, irritado com a desclassificação de sua equipe par a Argentina nos pênaltis, trata a partida com o maior desprezo. Acha até que nem deveria haver tal jogo.

Esse estado de espírito pode dar ao Brasil uma certa vantagem, vantagem dura de ser admitida se nos lembrarmos dos gols, um atrás do outro, que sofremos dos alemães. Tão dura quanto foi engolir a entrevista coletiva da Comissão Técnica quando a impressão que se teve foi a de queriam nos convencer que o trabalho feito na Copa foi bom. Ora, a Seleção Brasileira não convenceu durante a Copa inteira, culminando com a catástrofe dos 7 a 1 diante dos alemães, como pode ter sido bom o trabalho?

Se fosse ruim, então…

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

Blog do Roberto Avallone