Cenas inusitadas de uma noite palestrina. E o adeus do Cruzeiro
1- Bem, antes de mais nada, uma explicação: resolvidos os problemas, pelo menos parcialmente, volto aqui a batucar no teclado e a conversar com os amigos.
Conto, por exemplo, uma inusitada – e agradável – noite de quarta-feira, onde, a convite do empresário Thomas Lico Martins – o popular Don Licone -, corintianíssimo, (assim como sua esposa, Sandra) fui convidado para testemunhar palmeirenses torcendo contra o poderoso Sampaio Corrêa em seu belo apartamento no Morumbi. E não é que a turma estava tensa, como se pela frente estivesse o Real Madrid? Lá estavam o Rogério Lugó (da Turma do Amendoim), o olheiro Andrezinho Tessitore, o publicitário e futuro papai Caio Vinicius (meu filho), o advogado Milton D'Andréa, o engenheiro Divo (que dorme quando o Palmeiras joga mal), e o afilhado do Lico, o Sérgio, que torce pelo São Paulo. Cada um com reação diferente, diante do jogo. É curioso. Mas remete ao passado: sem brigas, sem discussão, com direito a zoação, é claro, sempre com boas risadas.
Bem, risadas menos para os palestrinos no primeiro tempo do jogo, um zero a zero assustador. Seria reprise do filme da eliminação para o Asa de Arapiraca, em 2002, em pleno estádio que era Parque Antártica e hoje é Arena inconclusa? Não, não foi: ressurgindo das próprias cinzas, como Fênix, depois de passar sufoco e tendo em Mendieta um herói inesperado, o Palmeiras fez um, dois, três gols (Mendieta, Henrique – seu quarto gol em quatro jogos – e Felipe Menezes) e acabou com o perigo de zebra. Está, pois, classificado.
Ah, a novela do momento… Sim, sim, o novo técnico. Se não é Luxemburgo, supostamente descartado (nunca se sabe), se Dorival Júnior por enquanto foi apenas contatado (não confundir com contratado) e o leque de possibilidades voltou a se abrir para outros nomes, melhor não entrar nessa brincadeira de esconde-esconde ou de palestras de emprego e esperar por informações oficiais. Trata-se de mais uma novela, talvez tipo "O Direito de Nascer", longa e nada moderna.
Por dedução, creio que na verdade não há convicção e nem pressa porque o técnico-interino, Alberto Valentim, está indo muito bem. E que se futebol é momento, no momento mais valeria a pena contratar uns quatro bons jogadores (um lateral-direito, um zagueiro, mais um centroavante, mais um grande meia, caso Valdivia saia mesmo) do que ficar dependendo da varinha mágica de um treinador que talvez nem a tenha. Até que Valentim mostre que não é tudo que parece ser e precise voltar a ser auxiliar por mais um tempinho.
2- E não sobrou mais nenhum clube brasileiro para contar história na Libertadores: ao empatar em casa (1 a 1) com o time do bondoso Papa Francisco – o San Lorenzo – o Cruzeiro deu adeus aos seus sonhos e mostrou que mesmo com seu poderio econômico maior no Continente o futebol brasileiro neste ano não é Rei nem na América do Sul. Quais as razões? Em minha opinião, duas:
a) Estamos atrasados taticamente até por aqui, quanto mais em relação à Europa;
b) Sei lá qual a razão, mas nossos jogadores não jogam com "o coração na ponta das chuteiras", como fazem outros adversários sul-americanos que ganham muito menos e precisam fazer a vida.
Posso estar errado, é claro. Mas é o que penso.
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