A lição do Ituano. E a lembrança de uma zebra histórica
Continuo a dizer que o Ituano não se trata de uma grande equipe. Mas a maneira com que venceu o Santos, no Pacaembu, por 1 a 0 (gol de Cristian), saindo na frente na disputa pelo título de campeão paulista, dá o que pensar: poderá um time bem armado e incansável na marcação levar a faixa que muitos já pensavam pertencer ao Santos, dono de ataque até então irresistível (46 gols) e de folha de pagamento mensal infinitamente maior do que a turma de Itu- que, dizem, gerar em torno de 400 mil reais?
Na primeira partida, o Ituano foi melhor do que o Santos, teve a sorte do santista Cícero desperdiçar um pênalti e construiu bem a jogada do gol, com Esquerdinha (bom jogador) deixar o veterano Cristian na cara do gol, sem chances para Aranha. Ah, aí, despontaram a figura do zagueiro Alemão (de estilo parecido com o de Lugano, ex- São Paulo), a de seu eficiente companheiro Anderson Sales e a do goleiro Vagner. Todos sem muito trabalho.
Ao Santos, desfalcado de seus dois laterais titulares, Cicinho e Mena, parecia perdido, sem saída, os talentos adormecidos. Ainda acho que o Santos pode reverter situação, impor seu favoritismo anterior. Mas já não tenho certeza: em 18 jogos, o Ituano sofreu apenas 10 gols, média próxima a meio gol sofrido por partida. E por meio a zero não se vence.
Além do Bragantino, campeão em 1990, uma outra decisão entre grande e pequeno me vem à memória: Inter de Limeira e Palmeiras em 1986, os dois jogos no Morumbi, o primeiro com mais de 100 mil pagantes. Pois o superfavorito Palmeiras, que eliminara o Corinthians por 3 a 0, esperava fácil missão. Pois sim. Em dois jogos, marcado pra o Morumbi (o primeiro teve a presença de mais de 100 mil palmeirenses) na partida inicial, empate de 0 a 0. E no jogo decisivo, o segundo, vitória da Inter de Limeira, 2 a 1, (gols de Kita, Tato e Amarildo) com a turma de Limeira jogando melhor do que o time formado por Mirandinha, Edmar, Éder, Edu Manga, etc.
Dá para entender? O time da Inter tinha Silas, João Luís, Juarez, Bolivar e Pecos; Gilberto Costa, João Batista, Manguinha e Lê; Tato e Kita- alguns bons jogadores, mas nenhum craque capaz de agitar as arquibancadas.
A história será repetida?.
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