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Blog do Roberto Avallone

Violência contra o Palmeiras, mistério no Santos. E o adeus ao capitão Bellini

Roberto Avallone

21/03/2014 02h43

1- Já não é a primeira vez que isso acontece, pois no jogo contra o Corinthians já houve confusão por parte de torcedores por ingressos. Agora, outra vez, o Palmeiras foi vítima da violência de alguns de seus torcedores, com direito a depredação da sede do Avanti e danificação dos computadores, impedindo assim que sócios-torcedores pudessem comprar os ingressos restantes para o clássico diante do Santos.

Concordo que ninguém é obrigado a ser sócio de nada. Mas me parece legítimo o direito de quem decidiu se associar receber o benefício da prioridade, numa espécie de acordo de compra e venda. E sem violência, sem essas cenas que já estão virando rotina no futebol- e na vida-, como se tudo estivesse a fugir do controle.

Temo que se não acontecerem logo punições exemplares para acontecimentos como esse e outros acontecimentos- com as providências que, por exemplo, livraram o futebol inglês dos violentos- caminhemos para um estágio sem solução. Na Argentina, leio que está até pior, pois com a proibição (não sei se em todos os jogos) ao comparecimento da torcida visitante, os barras bravas brigam entre eles, facção contra fação do mesmo clube.

Meu Deus!  Até quando?

2- O Santos faz lá os seus mistérios e não se sabe qual a equipe que o técnico Oswaldo de Oliveira mandará a campo contra o Palmeiras. Será um mistão? Na verdade, já se chegou à conclusão, como diz o próprio técnico, que "o clássico é importante, mas não é decisivo", pois logo em seguida virá a fase do mata-mata e essa sim determinará quem fica ou sai do Campeonato Paulista.

O que os técnicos não falam- e nem sei se estão pensando nisso- é que a tal vantagem de ser o líder geral da competição é quase nada, a não ser a tal história de decidir os jogos em casa, sem nenhum direito de aproveitar o acúmulo de pontos na decisão, indo para os pênaltis em caso de empate.

De qualquer maneira, tem a autoestima  preservada de quem for o vencedor e o velho princípio de que "para ser campeão não se pode escolher adversário".

Pelo apetite ofensivo de Oswaldo de Oliveira, pelo embalo de Gilson Kleina e por tudo, creio que será um belo clássico.

Foto: Ormuzd Alves/Folha Imagem

Foto: Ormuzd Alves/Folha Imagem

3- E lá se foi, aos 83 anos, o grande capitão Bellini.  Hideraldo Luiz Bellini foi líder e capitão da melhor Seleção Brasileira que vi jogar (em filmes, na tevê Record, onde trabalhei, em 1981), espantando-me aquele futebol mágico: Gylmar, De Sordi (Djalma Santos, na última partida, contra a Suécia),Bellini, Orlando e Nílton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Ah, que timaço aquele de 1958, o Brasil campeão do mundo pela primeira vez…

Bellini, além de líder, era zagueiro dos mais eficientes, sem firulas, mas duro na marcação e perfeito no cabeceio. Fez sua história no Vasco da Gama- onde colecionou títulos- e no São Paulo, mas ainda encerrou com dignidade a sua carreira no Atlético Paranaense.

Que Deus o receba, capitão.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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