Violência contra o Palmeiras, mistério no Santos. E o adeus ao capitão Bellini
1- Já não é a primeira vez que isso acontece, pois no jogo contra o Corinthians já houve confusão por parte de torcedores por ingressos. Agora, outra vez, o Palmeiras foi vítima da violência de alguns de seus torcedores, com direito a depredação da sede do Avanti e danificação dos computadores, impedindo assim que sócios-torcedores pudessem comprar os ingressos restantes para o clássico diante do Santos.
Concordo que ninguém é obrigado a ser sócio de nada. Mas me parece legítimo o direito de quem decidiu se associar receber o benefício da prioridade, numa espécie de acordo de compra e venda. E sem violência, sem essas cenas que já estão virando rotina no futebol- e na vida-, como se tudo estivesse a fugir do controle.
Temo que se não acontecerem logo punições exemplares para acontecimentos como esse e outros acontecimentos- com as providências que, por exemplo, livraram o futebol inglês dos violentos- caminhemos para um estágio sem solução. Na Argentina, leio que está até pior, pois com a proibição (não sei se em todos os jogos) ao comparecimento da torcida visitante, os barras bravas brigam entre eles, facção contra fação do mesmo clube.
Meu Deus! Até quando?
2- O Santos faz lá os seus mistérios e não se sabe qual a equipe que o técnico Oswaldo de Oliveira mandará a campo contra o Palmeiras. Será um mistão? Na verdade, já se chegou à conclusão, como diz o próprio técnico, que "o clássico é importante, mas não é decisivo", pois logo em seguida virá a fase do mata-mata e essa sim determinará quem fica ou sai do Campeonato Paulista.
O que os técnicos não falam- e nem sei se estão pensando nisso- é que a tal vantagem de ser o líder geral da competição é quase nada, a não ser a tal história de decidir os jogos em casa, sem nenhum direito de aproveitar o acúmulo de pontos na decisão, indo para os pênaltis em caso de empate.
De qualquer maneira, tem a autoestima preservada de quem for o vencedor e o velho princípio de que "para ser campeão não se pode escolher adversário".
Pelo apetite ofensivo de Oswaldo de Oliveira, pelo embalo de Gilson Kleina e por tudo, creio que será um belo clássico.
3- E lá se foi, aos 83 anos, o grande capitão Bellini. Hideraldo Luiz Bellini foi líder e capitão da melhor Seleção Brasileira que vi jogar (em filmes, na tevê Record, onde trabalhei, em 1981), espantando-me aquele futebol mágico: Gylmar, De Sordi (Djalma Santos, na última partida, contra a Suécia),Bellini, Orlando e Nílton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Ah, que timaço aquele de 1958, o Brasil campeão do mundo pela primeira vez…
Bellini, além de líder, era zagueiro dos mais eficientes, sem firulas, mas duro na marcação e perfeito no cabeceio. Fez sua história no Vasco da Gama- onde colecionou títulos- e no São Paulo, mas ainda encerrou com dignidade a sua carreira no Atlético Paranaense.
Que Deus o receba, capitão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.