Topo

Histórico

Categorias

Blog do Roberto Avallone

O choro do goleador. O maior desafio de Muricy. E a morte de Travaglini

Roberto Avallone

21/02/2014 01h12

Ricardo Saibun/AGIF

Ricardo Saibun/AGIF

1- Enfim, Leandro Damião fez um gol e chorou. Foi a primeira vez que marcou com a camisa do Santos que, através de investidores, pagou uma fortuna por ele. E chorou porque não deve ser fácil para um centroavante, artilheiro até há pouco tempo, carregar nas costas o estigma de ganhar muito e não fazer nada, de goleador que, por ironia, esquecera o caminho do gol.

A Seleção está logo aí, Damião tem poucas chances, muito poucas. No caso de ausência de Fred, fala-se mais em Alan Kardec, Diego Tardelli e outros menos votados. Creio que Leandro nem pensou nisso quando abriu a contagem para o Santos contra o Atlético Sorocaba; era só uma questão de orgulho ferido. Depois, o Atlético empatou, mas Cícero, de cabeça e nos acréscimos, deu a vitória ao Santos, 2 a 1.

Sergio Barzaghi/

Sergio Barzaghi/

2- Do jeito que o São Paulo vai, Muricy deveria se chamar "Mágico" Ramalho. Que time difícil de arrumar esse tricolor!  Muricy mexeu na defesa, lançou o menino Ewandro no ataque, fez Pabón trabalhar como um operário pela direita e nada- ou quase nada: foi só um empate com o São Bernardo, 1 a 1, mesmo assim com um gol quase acidental do tricolor, com o uruguaio Álvaro Pereira cobrando falta que desviou no zagueiro Edson.

E não era com Muricy que Paulo Henrique Ganso voltaria a jogar bom futebol? Qual o quê! É, pelo jeito o bom Muricy tem também de se perguntar qual a razão de o que fazia dava tão certo e agora não.

Foto: Gazeta Press e Alfredro Rizutti

Foto: Gazeta Press e Alfredro Rizutti

3- Lamento profundamente a morte de Mario Travaglini, os 81 anos, uma das pessoas mais generosas que conheci no mundo do futebol. Grande pessoa! E técnico competente, campeão pelo Corinthians (1982, época da Democracia corintiana), pelo Palmeiras (campeão paulista em 1966), pelo Vasco da Gama (campeão brasileiro em 1974) e comandante de muitos outros clubes.

Que descanse em paz.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

Blog do Roberto Avallone