Dida e Ceni, heroicos quarentões. Pato, cavadinha tem hora...
1- Dida, 40 anos, 1metro e 95 de altura, sempre foi bom em defender pênalti. Quando jogava pelo Corinthians, há mais de uma década, houve um jogo em pegou dois cobrados por Raí, um no canto direito e o outro no canto esquerdo.
Desta vez contra o Corinthians, no entanto, Dida até exagerou. Na cobrança por pênaltis, daquele jeitinho, com o olhar arregalado, ele defendeu o chute de Danilo, depois o de Edenílson e, para finalizar, acabou com a pose e a paradinha de Pato.
Sorte do Grêmio, que eliminou o Corinthians da Copa do Brasil, talvez nem se lembrando mais do jogo que terminou sem gols. O que importava agora era a glória de Dida ou a sorte do Grêmio em contar com um goleiro como ele, capaz de não tremer diante do Corinthians.
Dida justificou um de seus apelidos: "O Homem de Gelo".
2- Não vi o jogo, mas valho-me da análise dos companheiros aqui do UOL para reverenciar o outro quarentão herói da noite, Rogério Ceni, cuja atuação diante da Universidad Catolica (vitória tricolor, 4 a 3) chegou a ser classificada de milagrosa. É a volta por cima de quem, há pouco tempo, estava sendo lembrado de sua aposentadoria e que perdeu pênalti contra o Corinthians, no último minuto da partida.
Se jogou mais do que na histórica partida conta o Liverpool, em 2005, quando o São Paulo foi campeão do mundo, o que haveria mais a se dizer? Bem, tem sim: Rogério Ceni, ainda não é o momento de você dar adeus ao futebol.
3- Ainda se fosse um especialista na arte, tipo Djalminha ou Marcelinho Carioca, ainda vai lá. Mas logo Pato, tão contestado nessa passagem pelo Corinthians, arriscar uma cavadinha no último pênalti que o Corinthians tinha para cobrar? E ainda mais com Dida, um grandalhão que esconde as redes com o corpo…
Ah, deve ser duro de engolir. Nesse momento, creio, nada de invenção, é escolher um canto e bater com força. Simples assim.
Fosse mais extrovertido e Dida deveria agradecer Pato pela bola mansa que foi ao centro do gol, inofensiva, até carinhosa. Um pênalti que Pato jamais esquecerá. E o Corinthians também não.
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