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Blog do Roberto Avallone

Perigo! Agora, torcidas organizadas goleiam seus próprios clubes

Roberto Avallone

27/09/2013 19h36

Em outros tempos, certamente mais românticos, as torcidas uniformizadas e até as organizadas faziam parte do espetáculo do futebol, com coreografias bem boladas e inteligentes. Eram símbolo de amor extremo.

O tempo foi passando, a violência tomou conta do que era belo, afastou  torcedores  normais dos campos, fez temerosa a população  da paz tanto nos estádios como em seus arredores e até nos metrôs, ônibus e quetais.

Era o poder do terror, respaldado pela impunidade.

Agora, com um requinte de crueldade adicional, vários dos "organizados" prejudicam seus próprios clubes, em troca, talvez, de cinco minutos de fama ou de falso heroísmo.  Dois exemplos recentes:

1- Não bastasse a tragédia de Oruro, não é que organizados corintianos e vascaínos fizeram seus clubes perderem 4  mandos de campo, por aquela escandalosa briga em Brasília? Pois fizeram o Corinthians e o Vasco perderem o mando de 4 jogos cada, em momento perigoso para ambos, pois se a equipe corintiana não vence há 7 jogos, o time vascaíno é sério candidato ao rebaixamento. De quebra, por sinalizadores acionados, o Corinthians ainda perdeu mais dois mandos pela Copa do Brasil.

É prejuízo técnico e financeiro, na certa.

2- E "organizados" do Palmeiras não poderiam ferir o clube mais profundamente, desde o ano passado, quando decidiram na base da violência mostrar que eram os  salvadores da Pátria. Por culpa desses "torcedores", o Palmeiras teve de começar a Série B  mandando seus 4 primeiros jogos fora  da cidade de São Paulo e agora que está  tão próximo de voltar à elite, vê-se obrigado a  se deslocar mais duas vezes para estádios alheios- em função, acreditem, de briga de duas fações organizadas (palmeirenses contra palmeirenses, lembrando Kramer versus Kramer, no estádio do Guaratinguetá.

Golaço contra!

E quem paga a conta?Com sinceridade: quem tem aliado desse tipo nem precisa de inimigo, dirá minha Nonna.

Tenho uma sugestão para esses casos, colhidas de um estudioso amigo, que conto outra vez. Por enquanto, aceito outras sugestões- a dos amigos internautas-para como se poderia acabar com isso, de uma vez por todas. Antes que morra mais gente nas ruas e que o seu time acabe rebaixado por obra e graça dos que  se dizem seus torcedores.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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