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Blog do Roberto Avallone

Kleina fora do Palmeiras? E o festival de emoções da Copa do Brasil

Roberto Avallone

29/08/2013 07h09

Foto: Joka Madruga

1– Já no começo da madrugada desta quinta-feira, tornou-se crítica a situação do técnico do Palmeiras, Gilson Kleina, após a eliminação do time na Copa do Brasil, com a vexatória derrota para o Atlético Paranaense- por 3 a 0! Enquanto a torcida palmeirense "bombava" no twitter contra o treinador, o presidente do clube, Paulo Nobre, se dizia envergonhado e não garantia a permanência de Kleina no comando do time.

Nobre falava, num primeiro momento, em cobrar o treinador, a comissão técnica e os jogadores pela apatia demonstrada e citou, com razão, que já há alguns jogos o Palmeiras não vem jogando bem.

Bem, o que isso significa?

Significa que foi criado um suspense, com desfecho imprevisível: Kleina está na corda bamba, assim como alguns jogadores terão de explicar a queda de rendimento e as razões de, em jogo decisivo, parecerem estar num simples treino coletivo, sem a chama da ambição e sem "o sangue na veia" tão decantado.

Minha opinião: Kleina tem culpa, sim, de o Palmeiras jogar tão recuado ao invés de tentar um gol ainda no primeiro tempo que praticamente lhe consolidaria a classificação- como manda o regulamento da Copa do Brasil. Jogar de maneira tão cautelosa só fez o bom time do Atlético Paranaense atacar à vontade, criando chances para até golear o Palmeiras. Se não foi ordem de Kleina equívoco tão grave, então foi falta de comando sobre os jogadores. O que é ruim do mesmo jeito.

A outra parte da crise, é tão séria quanto a do treinador: por que Juninho vem jogando tão mal e sem forças? Por que Leandro, que vinha atuando bem, de uns jogos para cá caiu tanto de rendimento? Por que Charles parece se arrastar em campo? Por que o capitão Henrique, logo agora que foi novamente convocado para a Seleção Brasileira, passou a errar como um zagueiro qualquer? Por que Alan Kardec está fugindo tanto da área? E daí por diante, passando pelo contestadíssimo Márcio Araújo e por quase o time inteiro…

Ah, que falta faz Valdivia. Mas a realidade é a de que Valdivia só pode jogar de vez em quando. Diante desse quadro cheio de interrogações, difícil prever o desfecho da crise que se insinuou. Meu palpite: acredito que Kleina não saia agora, tendo a chance de seguir em frente na Série B, mas acredito que não ficará para o próximo ano- o do Centenário. Em todo o caso, qualquer decisão que seja tomada não me surpreenderá.

Foto: Ricardo Matsukawa

2– E, como se esperava, o Corinthians venceu o Luverdense, por 2 a 0, classificando-se para jogar a próxima fase, contra o Grêmio. Confesso que esperava uma goleada corintiana e que pelos melhores momentos que vi poderia ter acontecido, várias as chances criadas. Destaque para o segundo gol do Corinthians- marcado por Fabio Santos-     depois de ótima troca de passes dos corintianos.

Foto: Lucas Uebel

3- O Santos perdeu várias chances, Gabigol não justificou o apelido e foi batido pelo Grêmio- 2 a 0-, sendo assim eliminado. Com Renato Gaúcho, o Grêmio ganha jogos, ganha confiança e joga com o ímpeto que não mostrava nos tempos de Luxemburgo. E mesmo sem Zé Roberto e Vargas.

Foto: Cristiane Mattos

4- Heroico o Botafogo em sua classificação em pleno Independência, diante do Atlético Mineiro campeão da América: já sem Vitinho, com os salários atrasados e coisa e tal, demonstrou comovente gana de jogar ao empatar com o Galo em 2 a 2. Ah, aí tem voz e comando de Seedorf e do nem sempre reconhecido grande treinador Oswaldo de Oliveira.

Foto: Daniel Ramalho

5Emocionante a vitória do Flamengo- 1 a 0, gol do ótimo Elias- diante de um adversário que lhe é tecnicamente superior, o Cruzeiro líder do Campeonato Brasileiro.

Foto: Benedito Braga

6- E o Fluminense vai de mal a pior, em péssima situação no Campeonato Brasileiro e agora eliminado pelo Goiás do talentoso e gordinho Walter, ao perder por 2 a 0, em Goiânia. Segue a longa má fase de Luxemburgo se bem que conta também a saída de jogadores importantes como Thiago Neves, Wellington Nem e o aposentado Deco.

 

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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