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Blog do Roberto Avallone

Sem saída

Roberto Avallone

27/08/2013 13h04

Foto: Ide Gomes/ Folhapress

Movidos, talvez, por resquícios do romantismo transmitido por outras gerações, torcedores do Botafogo  ficaram  indignados com a saída de Vitinho para o russo CSKA. Logo agora que o menino tinha se transformado em sensação do time e do futebol brasileiro, aos 19 anos e pronto para fazer história no clube que já teve Mané Garrincha?

Ah, como isso pode acontecer?

Pode, sim. Primeiro porque os russos estão pagando a multa rescisória, cumprindo, então, o que estava no contrato. E depois, pelo que leio e pelo desabafo da namorada do jogador via rede social, Vitinho não se interessou nenhum pouco em fazer a tal história ou, principalmente em ter aumentos sobre o salário (de 35 mil) que recebia diante dos 500 mil mensais oferecidos pelo CSKA- aliás, o mesmo clube que já teve, por muito tempo, Vagner Love.

Qual o que!

E Vitinho está errado?

O que poderia, então, ter feito o velho Bota, mergulhado em dívidas, apesar do esforço em manter a sua revelação?

Nada.

O torcedor ainda não se acostumou aos novos tempos. A gente entende. Vejo entrevistas de meninos que, ao contrário de outras épocas, quando se declarava o sonho de jogar por um grande clube brasileiro, antes de chegarem a eles já falam das potências do Exterior com a intimidade de quem cultivou esses planos desde recém-nascidos.

É lá fora que eles irão ganhar a grana que por aqui não há. Há um abismo financeiro entre o futebol do Exterior e o brasileiro e nem precisa ser mais um Barcelona, um Real Madrid ou similares. Qualquer um que chegar e pagar leva o garoto. A vã esperança dos clubes, os sonhos dos torcedores, o tal negócio de "fazer história"…

Tudo conversa fiada. Coisa do século passado.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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