Palmeiras: na perda da liderança, os erros de Kleina. E o São Paulo já na zona da degola
O Palmeiras lá tem lá as suas desculpas para esse empate contra o Guaratinguetá (1 a 1) que lhe custou a perda da liderança para a Chapecoense e também a perigosa aproximação de concorrentes pelo acesso: o gramado ruim e um pênalti cometido sobre Valdivia, quando o jogo estava 1 a 0 (gol de Leandro).
Mas não são justificativas suficientes para o futebol tão pobre exibido diante de adversário tão limitado, que atuou com dez jogadores durante bom tempo (com a expulsão de Ruan) e, mesmo assim, obrigou o palmeirense Fernando Prass a fazer mais defesas do que o seu próprio goleiro, o ex-santista Saulo.
Quer dizer: o Palmeiras não foi superior e, em certos momentos, até pelo contrário.
Desse estranho panorama, pinço pelo menos dois erros importantes que vão para a conta do técnico Gilson Keina:
1- Ao não fazer o óbvio- escalar Henrique pela esquerda da defesa, onde rende mais- deixou a lentidão de André Luiz e o pouco poder de marcação de Juninho transformassem o lado esquerdo da defesa do Palmeiras em convite às arrancadas do Guará pelo setor. Por ali, nasceu o gol de empate (marcado por Douglas "Tanque') e surgiram outras chances para o time da casa.
Não teria sido mais fácil escalar Vilson pela direita e Henrique pela esquerda? Elementar, meu caro Gilson Kleina.
2- Quando o jogo estava empatado em 1 a 1 e o Guará ficou com 10 jogadores, o que manda um manual basiquinho do futebol? Ora, que se jogue pelas pontas. E por que não a entrada de Ananias? Mesmo com um jogador a mais, até porque Luís Felipe e Juninho estavam mal, o Palmeiras não seguiu o manual e aceitou o jogo congestionado, sem reação.
Enfim, um empate e atuações- do técnico , inclusive- para o torcedor do Palmeiras esquecer e imaginar (ou fingir) que tudo não tenha passado de um pesadelo.
E O SÃO PAULO, JÁ NA ZONA DADEGOLA.
Não lhe bastasse a crise que vive, o São Paulo tem um motivo a mais para entrar pressionado no clássico com arquirrival Corinthians: com a vitória do Atlético Paranaense diante da Portuguesa (3 a 2, no Canindé), o São Paulo já está na zona do rebaixamento. E nem mesmo um empate garante sua saída dali , sendo necessária uma vitória. Que parece improvável.
E assim, creio que a viagem para Europa e Japão- que até parecia atraente há algum tempo- agora é um obstáculo a mais para a reabilitação da equipe no Campeonato Brasileiro. Voltar em posição incômoda no Brasileirão pode significar ainda mais pressão na já aflita turma de Paulo Autuori- técnico que ainda não sentiu o sabor de uma única vitória até agora e sua volta ao tricolor.
O jeito seria vencer o Corinthians neste domingo. Mas isso seria uma zebra, nada mais do que uma zebra em momento de medalhões afastados.
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