O Galo é o senhor da América. E no calvário do São Paulo, o realismo do capitão Ceni
O técnico do Atlético Mineiro, Cuca, estava com o estigma atravessado na garganta. E, já campeão da Libertadores da América, desabafou, emocionado; "Diziam que o Atlético era azarado, que eu também era. Agora quebramos tudo isso!".
Ronaldinho Gaúcho também não deixava por menos: "Falaram que eu estava acabado para o futebol. Falem agora, falem…". E o presidente do Atlético Mineiro, o ousado Alexandre Kalil, oferecia o título ao pai, já falecido, Elias Kalil: "Esse título é do papai. Ele me ensinou a conhecer o tamanho desse clube. Foi o maior presidente da História do Atlético".
Bem, estas foram apenas somente algumas das cenas de emoção que tomaram conta do Atlético Mineiro e de sua apaixonada torcida, após a conquista da Libertadores– com renda superior a 14 milhões de reais- com o triunfo diante do paraguaio Olimpia, no Mineirão. Justa vitória, apesar do sofrimento, com 2 a 0 no tempo normal, empate sem gol na prorrogação e 4 a 3 na disputa por pênaltis em que Victor, mais uma vez, não deixou de fazer a sua defesa.
Poderia ter sido vitória menos tensa, pois o Atlético tem muito mais time do que Olimpia- quinto colocado no último campeonato paraguaio-, encontrando dificuldades, no entanto, para furar a barreira adversária, embora jogasse toda a prorrogação com um jogador a mais (Manzur fora expulso). A superioridade atleticana ficou nos gols de Jô e Leonardo Silva, graças às belas defesas do goleiro Martin Silva (uruguaio) e ao evidente nervosismo dos jogadores do galo.
À esta altura do Campeonato, porém, esses são meros detalhes. O que fica é a conquista inédita do Atlético e a chance agora de enfrentar o poderoso Bayern de Munique no Campeonato Mundial de clubes.
O Galo é o senhor da América!
O CALVÁRIO DO SÃO PAULO
Normalmente, perder do Inter de Porto Alegre não é nenhum desastre. Neste momento, no entanto, a derrota do São Paulo para o Colorado, por 1 a 0(gol de Leandro Damião) é mais uma cena do calvário tricolor, que agora acumula 11 jogos sem vitória, oito derrotas consecutivas.
Um horror!
E o capitão Rogério Ceni, antes acostumado às grandes conquistas, foi realista após mais uma derrota: "Este Campeonato, a gente joga para se salvar". Deduzo que a salvação seja não correr o risco de rebaixamento, pois o Brasileirão é implacável para os que perdem- e esta série do São Paulo é negativa como jamais vi desse clube em minha carreira. Tanto que se o técnico não se chamasse Paulo Autuori, mesmo recém-chegado já estaria na berlinda após quatro derrotas em quatro jogos.
E a situação é ainda mais preocupante porque no domingo, no Pacaembu, o tricolor terá pela frente seu maior carrasco os últimos tempos: o Corinthians!
Vida dura…
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