Luís Ricardo no São Paulo: virão outros reforços para espantar a crise? E o adeus ao Mestre Djalma Santos
Não deve passar desta quarta-feira a contratação do lateral-direito (ex-centroavante) Luís Ricardo pelo São Paulo. Já está tudo praticamente certo. É uma boa? Tenho lá as minhas dúvidas, pelas dificuldades que o jogador mostra na marcação, embora seja visível a sua qualidade no apoio ao ataque.
E, pelo menos uma tentativa. Mais do que isso, um indício de que o tricolor tentará enfrentar a maior crise de sua História com novas contratações. Aliás, uma política que já vem adotando, mas que, ao contrário de outros tempos, os reforços dificilmente rendem o esperado: eis o caso de Paulo Henrique Ganso, negociado a preço de astro (pelos padrões brasileiros) que não consegue convencer: ou o de Luís Fabiano, repatriado com euforia, para ser hoje definido como "atacante sem mobilidade"; ou o caso de Cortez- emprestado ao Benfica-ou o de Clemente Rodriguez, que vivia má fase no Boca Juniors e que vive início pouco promissor.
O São Paulo perdeu o manual de acertar nas aquisições? É um mistério que não foi desvendado.
Em todo o caso é preciso ousar, insistir. Porque ficar lamentando os erros e flertar com a zona do rebaixamento seria pedir por crise ainda mais profunda, o que não é a característica desse clube vencedor.
Aos reforços, pois!
ADEUS, MESTRE DJALMA
Há pouco tempo escrevi sobre ele, Djalma Santos– o maior lateral-direito que vi jogar- com quase certeza de que ele daria um chapéu na sua crise de saúde e, como nos velhos tempos, sairia por bom tempo ainda pela vida como se nada tivesse acontecido.
Desta vez, não deu. E lá se foi Mestre Djalma, aos 84 anos, para os mistérios do outro lado. Deixa legado imbatível de sua vida de craque: mais de 100 jogos pela Seleção Brasileira, quatro Copas do Mundo disputadas (1954, 58, 62 e 66), a arte a desfilar pela Portuguesa, pelo Palmeiras, pelo Atlético Paranaense. E aquele imã que fazia a bola procurá-lo, tal o senso de colocação, além das brincadeiras com suas embaixadinhas e os chapéus que costumava aplicar nos pontas adversários.
E saía jogando, como se nada tivesse ocorrido. No fundo, era um gozador.
Quem sabe se, lá em cima, ele possa se reencontrar com o inesquecível Julinho Botelho, seu maior amigo e parceiro na Portuguesa, na Seleção Paulista, na Seleção Brasileira e no Palmeiras. Mais para contrariar os tempos e o temor de que, por mais belo que seja, tudo acabou e pronto.
Mestre Djalma não pode, simplesmente, ter morrido. Deve ter descoberto algum atalho do campo- como fazia-para se divertir um pouco mais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.