Seleção Brasileira: além do título, da goleada e do baile na Espanha
Foi goleada, sim: que outro nome poderia ter uma vitória de 3 a 0 sobre a toda badalada Espanha na final da Copa das Confederações? E foi também o chamado chocolate, recheado com o olé do toque de bola, numa exibição tão perfeita da Seleção Brasileira que, acredito, surpreendeu até o mais otimista torcedor brasileiro. E principalmente os mais céticos, como este brasileiro.
Diante de uma Seleção em estado de graça e que marcou o seu primeiro gol logo a um minuto e meio de jogo, com o artilheiro Fred, em lance de raro oportunismo, caído, chutando para o alto do gol de Casillas. Aí, a autoconfiança foi redobrada e surgiu, sem amarras, o talento de Neymar. No finzinho do primeiro tempo, Neymar tabelou com Oscar, entrou na área e de canhota, acertou chute indefensável no alto do canto esquerdo espanhol.
E o baile seguiu durante todo o segundo tempo- na garra, na marcação perfeita e na criatividade– diante de incrédulos espanhóis, desorientados e afobados, que mais pareciam formar uma equipe de principiantes. Apenas Iniesta jogava parte do que sabe. E até mesmo em sua chance maior- o jogo já estava definido, com mais um gol de Fred, depois de inteligente "corta- luz" de Neymar- a Espanha se perdeu, com Sérgio Ramos chutando para fora o pênalti cometido (desnecessariamente) por Marcelo em Navas.
Foi o tipo da vitória indiscutível. A Seleção Brasileira levou o título da Copa das Confederações, os espanhóis tiveram uma longa invencibilidade quebrada (29 jogos em competições oficiais) e foi justo o grito da torcida:
"O Campeão voltou, o Campeão voltou".
Pode ser o começo daquilo que será mais importante do que a própria festa do Maracanã: o resgate da autoconfiança perdida pela Seleção Brasileira para seu objetivo principal, que é o de reunir boas condições para ganhar a Copa do Mundo do ano que vem.
NEYMAR, O MELHOR DESTA COPA. E FRED MERECIA A CHUTEIRA DE OURO
Neymar foi eleito o craque da Copa das Confederações. Nada mais justo. Só não vi justiça no critério que deu a chuteira de ouro- destinada ao artilheiro da competição- a Fernando Torres, enquanto o campeão Fred, também autor de 5 gols como o espanhol, ficava com a chuteira de prata.
Ora, por quê? A explicação é que Fernando Torres fez 5 gols jogando menos partidas do que Fred. Assim, como critério de desempate, prevaleceu sua maior média de gol. Bobagem. Coisa da aplicação de números frios. Se houve também um critério técnico, Fred ganharia: ele não precisou jogar contra o Taiti para atingir sua marca, sendo que 4 dos gols de Torres foram marcados contra esse time amador- simpático, mais um dos piores de todos os tempos.
Elementar, cara FIFA.
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