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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras, empate e graves sinais de alerta

Roberto Avallone

17/04/2018 02h28

Não pode ser coincidência e nem obra do acaso: pela terceira vez consecutiva, o Palmeiras deixou de vencer- e um caso, pelo menos evitou perder– por graves falhas em sua defesa, individuais, sim, mas que comprometem o coletivo e passam a impressão de que a equipe  está insegura, vulnerável, perigosamente exposta aos perigos,

Nesta noite de segunda-feira, no Rio, no empate com o Botafogo por 1 a 1,o culpado maior não foi Antonio Carlos. Ufa! Desta vez, não. Ele falhara contra o Corinthians- levou um baile de Mateus Vital- e contra o Boca Juniors, querendo alcançar com o pé a bola que estava quase na altura de sua cabeça. Diante do Bota, no entanto, os culpados foram outros no gol de empate: em primeiro lugar, Felipe Melo, decepcionante ao não saltar com Igor Rabello e,depois, nem tentar desarma-lo- estaria exausto? Em segundo plano, Thiago Martins, que virou o corpo para trás, dando a Rabello o tempo de furar e em seguida, recuperado do erro, emendar, livre, para as redes.

É normal para quem pretende brigar pelo título tomar gols desse tipo? Falta qualidade defensiva, isso sim, coisa que o dinheiro das contratações não foi capaz de contemplar. Quem é craque nessa defesa do Palmeiras? E, no meio-campo, Felipe Melo dá sinais de cansaço, tocando a bola para os lados, para trás, sem  nenhuma profundidade, tanto quanto Bruno Henrique que só aparece quando chuta e… ah, este o mistério maior, que envolve um jogador do qual sou fã, Lucas Lima.

Afinal, o que há com ele? Teve bom começo do Palmeiras, foi chamado de Maestro, mas sua queda de produção foi muito acentuada, ao ponto de nesse jogo contra o Botafogo o time melhorar com sua saída e com a entrada de Guerra que, aos 8 minutos da etapa final fez belo gol- o 1 a 0 que parecia determinar uma vitória palmeirense, não fosse a falha grotesca que deu no 1 a 1.

E o ataque, embora conte com a boa fase de Keno e os lampejos de Dudu, agride pouco o adversário e nem é de criar tantas chances assim. Como o Palmeiras tem elenco com cerca de 30 jogadores, não seria o caso- principalmente na defesa- de Roger trocar duas ou três peças?

Sei lá. O que sei é que jogando esse futebol sem tempero e tímido.o Palmeiras correrá sérios riscos nas competições que vai disputar. Ou todos vão reagir, jogadores e direção técnica?

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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