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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras e Santos, uma história de muitos gols

Roberto Avallone

02/02/2018 02h46

Os tempos mudaram, os nomes são outros. Mas nada que apague o brilho desse duelo entre Palmeiras e Santos, uma batalha quase sempre marcada pelo estilo acadêmico dos palmeirenses e pelo DNA ofensivo dos santistas. Agora, é claro, fala-se de como será Lucas Lima, jogando pelo Palmeiras, contra o clube que defendeu durante quatro anos, o Santos. Ou se Gabigol- que deve ser opção no banco de reservas- entrará em campo mesmo que seja durante a partida, a defender a equipe onde já se deu muito bem.

Antes, no entanto, ah antes eram outros os protagonistas; Mas cada clássico!  Já teve, simplesmente, Pelé – o maior de todos- contra Ademir da Gia, o Mestre; Pepe contra Djalma Santos. Mengálvio contra Chinesinho e daí por diante. Como são tantas as histórias e que dariam facilmente um livro, vou me limitar apenas a alguns episódios:

1- Santos 7, Palmeiras 6. Torneio Rio São Paulo de 1958; Foi empolgante a marcha da contagem. No Pacaembu lotado, o Santos saiu vencedor do primeiro tempo por 5 a 2. Na etapa final, porém, algo de inusitado aconteceu: liderado por Mazzola, o Palmeiras virou a partida para 6 a 5. Inacreditável! Mas o Santos, no finalzinho, recuperou a vitória, com dois gols de Pepe- este, apelidado "o canhão da Vila!

 

Pepe, o  segundo maior artilheiro da História do clube, com405 gols marcados. O artilheiro, é claro,é Pelé.

2- Palmeiras 6, Santos 0, em plena Vila Belmiro. Essa goleada aconteceu em jogo válido pelo Campeonato Paulista de 1996, quando o Palmeirenses- dirigidos por Vanderlei Luxemburgo- foram aos campeões paulistas e marcaram mais de 100 gols. O time era que do ataque de Muller, Dlalminha, Luizão e Rivaldo. Meu Deus!

3- Santos 3, Palmeiras 0. Pelo Campeonato Paulista de 1969. Vi este jogo, no Parque Antártica. O Palmeiras confiava muito em Ademir da Guia e no goleador argentino Artime, mas quem f ez a festa foi o Santos, pois tinha Pelé em noite de Pelé.O Santos acabou sendo o campeão paulista, aliás, tricampeão- 1967. 68 e 69.

4= Palmeiras, o fim da fila. Como não conquistava o Campeonato Paulista desde 1950, as finais do Campeonato de 1959, tinham para o palmeirense um sabor muito especial. E logo contra o Santos de Pelé. Foram três os jogos finais, em janeiro de 1960, valendo pelo título de 1959, é claro: no dia 5 de janeiro, uma terça-feira à tarde, empate de 1 a 1; no dia 7, outro empate, 2 a 2; e, finalmente, no dia 10 de janeiro, a decisão com vitória do Palmeiras por 2 a 1, com Pelé abrindo a contagem, Julinho empatando- de pé esquerdo, que não era o seu forte- Romeiro desempatando, aos 3 minutos do segundo tempo, em magistral cobrança de falta Palmeiras 2 a 1. Palmeiras campeão!

Que neste domingo, Palmeiras e Santos honrem a História deste clássico. E que façam muitos gols.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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