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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras e Santos, vacilos fatais. Fla e Galo avançam

Roberto Avallone

22/08/2016 00h49

Foto: Cesar Greco//Divulgação

Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação

1- Eu já vi muitos vacilos ao longo da carreira. Mas esse do Palmeiras nos gols da Ponte Preta, especialmente o segundo, foi um dos piores, custando não só um inesperado empate para um líder, jogando em casa, como arrancando desabafo do técnico Cuca que disse, " foi muito feio". E o treinador reconhece que "esse empate teve sabor de derrota".

E teve mesmo. Era a chance de deslanchar que se foi, é o alerta da aproximação dos concorrentes, é aquela velha máxima que diz que perder pontos em casa é inadequado para quem briga pelo título, ainda mais em um Campeonato tão equilibrado como este Brasileirão. Com todo o respeito à Ponte Preta, que faz boa campanha (31 pontos) e tem bom time, o Palmeiras desperdiçou uma vitória ao estar por duas vezes no placar- 1 a 0 (Rafael Marques) e 2 a 1 (Thiago Martins, de cabeça), o que não seria nada de anormal não fossem os tais vacilos fatais do sistema defensivo: no primeiro gol, em um melé na área, um chutão resolveria o problema e o lado esquerdo teria alguém para marcar o livre Wellington Paulista, autor do gol.

O problema maior foi no segundo empate da Ponte, duro de entender. Cobrança de lateral perdida, eis que Potker-bom jogador- teve um corredor incrível à sua frente, capaz até de ser convidativo ao fenonemo Usain Bolt. Potker, que não é Bolt, correu à vontade, perseguido por Egidio, que ainda desviou sutilmente o arremate do atacante, com a bola entrando no cantinho esquerdo de Jaílson, rente à trave. Claro que não foi "frango", mas pensei, em um primeiro momento que seria bola defensável, pois estava no canto do goleiro. Depois, vendo o replay, vi que bola entrou rente à trave, não se podendo, assim, colocar a culpa no goleiro.

Ora, se o Palmeiras estava vencendo por 2 a 1 e Thiago Santos acabara de entrar para proteger a defesa, aonde estavam os zagueiros do Palmeiras? Não deveriam estar postados como prevenção aos contra-ataques? Ah, deveriam, sim!

No mais, o Palmeiras até que foi razoável e a Ponte valente na etapa final, tentando arrancar resultado melhor-o que conseguiu- terminando a partida tendo apenas de suportar os "chuveirinhos" do ainda líder.

Mas, convenhamos, é preciso listar pelo menos três ítens: a) Fernando Prass faz falta não apenas por ser um grande goleiro ou que Jaílson não esteja dando conta do recado sob as traves, mas porque Prass, com sua experiência orienta a defesa; b) a ausência de Gabriel Jesus é muito sentida, sem ele o ataque parece perder o jeito, embora Rafael Marques tenha feito um gol e dado a assistência para Thiago Martins fazer o dele;- Thiago Santos precisa ser o primeiro volante (no próximo jogo ele estará suspenso) normalmente, pois protege a defesa e libera Moisés-este o nome para o meio-campo, já que Cleiton Xavier não está bem.

Enfim, o Palmeiras ainda é o líder, ainda tem chances de chegar longe, mas, para isso, é preciso corrigir seus defeitos. E evitar vacilos fatais ou banais.

Foto: Joka Madruga

Foto: Joka Madruga

2- O Santos, por sua vez, deu a impressão de que sairia de Curitiba com a vitória. Disputou um primeiro tempo equilibrado, perdeu um gol (Vitor Bueno) logo no início da etapa final e Ricardo Oliveira colocou à frente-depois de bola atrasada por João Paulo- com arremate certeiro do "eterno artilheiro".

De repente, não mais do que de repente, a marcação afrouxou, o Coritiba cresceu e tomou conta do jogo. A defesa vacilou (de forma fatal) no primeiro gol do Coxa, bola alta, que Evandro desviou e Kleber completou para o fundo das redes. E aí, cadê o Santos, cadê? Sumiu em campo, não teve culpa no gol da virada- Iago, de fora da área, um chutaço no ângulo esquerdo de  Vanderlei- e nem teve forças para tentar sequer o empate.

Corre o risco nesta segunda-feira de sair até do G-4, pois o Corinthians, em São Paulo, enfrenta o Vitória e poderá ultrapassá-lo.

Foto: Gilvan de Souza / Divulgação

Foto: Gilvan de Souza / Divulgação

3- O Flamengo teve a estreia de Diego na vitória diante de um Grêmio valente e desfalcado-sem Luan e Wallace, por exemplo- por 2 a 1. Diego foi discreto no primeiro tempo e muito bem na etapa final, quando organizou mais as jogadas, iniciou e terminou- de cabeça- o segundo gol do seu time.Jogou quase 80 minutos, mais do que o esperado para um jogador que não atua há um tempinho. Antes do gol de Diego, Leandro Damião- de pênalti, cabendo a Henrique Almeida descontar para o Grêmio.

O Fla avança.

4- E o Atlético Mineiro, segundo o relato de quem viu a partida, não jogou lá essas coisas contra o Atlético Paranaense e deixou dúvidas quanto ao pênaltique, em seguida, foi convertido por Robinho. Mas o Galo jogou desfalcado-assim como Furacão´e mesmo ganhando só por 1 a 0, no Horto, com o gol de pênalti de Robinho, já está em segundo lugar, dois pontos apenas atrás do líder Palmeiras.

E os três pontos, a essa altura do Campeonato, são o que realmente interessa.

Foto: Rodney Costa

Foto: Rodney Costa

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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