Gabriel Jesus, Gabigol, Lucas Lima: como combater o êxodo?
Todo meio do ano é assim: um terror para os clubes que pretendem manter time forte pelo menos até o fim do Campeonato. As ofertas- às vezes simples sondagens- vêm de todos os lados, agora não só da Europa, mas também da China (lembram-se do Corinthians campeão brasileiro do ano passado, agora pagando o preço do desmanche?), do mundo árabe, daqui a pouco dos Estados Unidos… Não é de agora que a janela de transferências, agora forte também em janeiro, desmancham boas equipes, acabam com os sonhos dos torcedores dos times alvejados, servindo apenas para rechear um pouco mais os cofres dos clubes brasileiros mais precavidos.
A bola da vez é Gabriel Jesus, 19 anos, a mais badalada jóia do Palmeiras que foi responsável até por diretor do Barcelona vê-lo fazer dois gols em noite fria, na vitória de 2 a 0 diante do lanterna América Mineiro. Segundo o que se sabe, Gabriel tem estranha cláusula contratual: sua saída custa 40 milhões de euros para quase todos os clubes, menos para os mais ricos- Real Madrid , Barcelona, Manchester United, PSG e Bayern de Munique. Soa estranho, pois não? Para os mais ricos custa menos, para os outros custa mais. Exigência para a reforma do último contrato, suponho.
Conversando com um importante e influente conselheiro do Palmeiras, ouço que a esperança é de manter o artilheiro até pelo menos junho do próximo ano. Não me contando, porém, se há algum tipo de acordo ou carta na manga para a difícil empreitada. O técnico Cuca também diz com segurança: " Neste ano, não sai ninguém".
No caso dos santistas, Gabigol e Lucas Lima, o segredo da permanência (vingará) está no preço lá nas alturas, coisa talvez de quem já tenha aprendido com a venda de Neymar por preço inferior ao que se esperava- o mesmo Neymar que, agora, é assediado por ofertas mirabolantes de outras equipes para deixar o Barcelona- que também luta por ele, mas não pode deixá-lo em condições de ganhar o prêmio de "o melhor do mundo", pois já conta com Messi e, eventualmente, com os gols de Suárez.
Manter jogadores vindos do Exterior, emprestados, é outra ingrata batalha: é o caso do zagueiro Maicon, que deu um jeito na defesa do São Paulo e que agora o Porto o quer de volta para poder negociá-lo na Europa, por um preço que o tricolor não pode pagar. Situação parecida- embora com algumas diferenças, pois o jogador, ao que consta, pertence a um grupo de empresários- é a do atacante Calleri, argentino, goleador, autor de dois gols contra o Flamengo, no último domingo. É bem possível que Calleri vá embora após a Libertadores.
Enfim, é o drama do meio do ano para os clubes brasileiros. Drama que para o Corinthians, com tão grande desmanche, já começou em janeiro.
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