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Blog do Roberto Avallone

As consequências da justa vitória do Palmeiras sobre o Corinthians

Roberto Avallone

01/06/2015 01h02

Foto: Alê Vianna

Foto: Alê Vianna

1- Quanto ao jogo em si, justíssima a vitória do Palmeiras no Dérbi, por 2 a 0 (gols de Rafael Marques e Zé Roberto), pois foi o triunfo de uma equipe visivelmente superior à do Corinthians, especialmente no primeiro tempo. O segredo da superioridade palestrina residiu no meio-campo, onde Valdivia, Zé Roberto, Arouca e Gabriel dominaram totalmente o setor, dando-se ao luxo, ainda, de irem ao ataque, desnorteando a defesa corintiana; para completar, Rafael Marques era, em minha opinião, o melhor jogador em campo e Kelvin incomodava com sua habilidade.

Os gols do Palmeiras eram o retrato do esquema tático adotado, competente e versátil: no primeiro gol, Valdivia conseguiu carregar a bola com embaixadinhas, mesmo desequilibrado e serviu a Kelvin que centrou para portentosa cabeçada de Rafael Marques; no segundo gol, Zé Roberto iniciou a jogada, passou para Valdivia, recebeu o centro do companheiro e chutou em cima de Cássio para, no rebote, de cabeça, liquidar o jogo.

Sincronia perfeita do meio-campo. E redenção de Oswaldo de Oliveira, com seu novo esquema tático para este clássico.

E o segundo tempo foi mera administração do resultado por parte do Palmeiras, com correria sem efeito do Corinthians, um tempo com apenas duas chances claras de gol: uma para o Corinthians, com o veloz Mendonza; outra para o Palmeiras, com Zé Roberto cara a cara com Cássio, depois de passe de Valdívia.

A partida, na verdade, tinha sido decidida na etapa inicial.

2- E o futuro de Palmeiras e Corinthians no Campeonato? Bem, começando pelo lado corintiano, preocupações: o presidente Roberto de Andrade, apressou-se em passar para a torcida o recado de que "o Corinthians não vai acabar" e que "Elias, Gil e Renato Augusto não serão negociados, até porque não existem propostas por eles".

E se existirem, presidente? Na verdade fala-se nos bastidores de que Gil deverá ir para o futebol europeu no meio do ano- o que ainda não está certo. Intriga-me o caso Elias, que não entrou no clássico e nem saiu do banco de reservas para o time, embora todos conheçam sua importância para o time. Por quê?

Pelo lado do Palmeiras, é inegável que, além de alegrar sua torcida, a vitória contra o Corinthians pode marcar o início de sua reação no Campeonato Brasileiro. Pode, eu disse. Até porque Valdivia- que finalmente jogou muito bem- partiu para a Copa América e nem sabe, ainda, se voltará a vestir a camisa do clube. Bem, em seu lugar, deverá estar Cleiton Xavier, bom jogador, embora com características diferentes das do chileno; e, nesta segunda feira, Dudu já estará livre (aguardando o julgamento) para dar mais velocidade ao ataque.

A tendência é a de que a reação surja. Só que na quinta-feira já tem o Inter, time difícil, como é todo o Brasileirão, coisa e tal. Pelo menos, soube por um conselheiro que existe a vontade de se contratar um novo artilheiro (talvez Lucas Barrios) e um zagueiro.

É possível que assim o futebol do Palmeiras cresça mesmo e corresponda ao enorme apoio que sua torcida tem lhe dado, na bilheteria dos estádios e no programa de sócio- torcedor.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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