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Blog do Roberto Avallone

O louco Campeonato, onde tudo é possível

Roberto Avallone

14/10/2014 00h48

Não me lembro de um Campeonato Brasileiro como este, em que o clube que tinha o favoritismo absoluto insinua que está ladeira abaixo, com as derrotas para o Flamengo (3 a 0) e no meio da semana para o Corinthians (no Mineirão)- no caso, o Cruzeiro; Campeonato com alternâncias constantes pela briga no G-4 e com dez clubes brigando muito contra o rebaixamento.

Ah, também não me lembro de tantas surpresas, pois que de repente o mar virou sertão e o sertão virou mar, com os clubes que estão lá embaixo surrando os que estão em cima, como, por exemplo, o Criciúma que ganhou do Santos de 3 a 0 e já tinha vencido o Atlético Mineiro por 3 a 1. Bem, façanhas ainda não comparáveis às da Chapecoense que em casa virou esquadrão- 5 a 0 sobre o Inter- e fora dela também aprontou, ao vencer o Bahia por 1 a 0.

Um Campeonato supostamente tão ilógico que o Corinthians é capaz de vencer o líder Cruzeiro para em seguida perder para o combalido Botafogo, o lanterna da competição até o jogo começar. E em campo neutro. Surpresas e mais surpresas, daí em diante.

Mas será que esses resultados todos são aleatórios, sem explicação? Não quero ser o dono da verdade, mas dou-me ao direito de especular as razões de tudo isso estar acontecendo. Além do equilíbrio do Campeonato, onde o lanterna é bem capaz de vencer o líder, dá para se ver certas características de alguns grandes que propiciam esses resultados inesperados.

Vejamos o exemplo do Corinthians. Não por acaso leva agora o apelido de "Robin Hood", pois ganha dos fortes e perde dos fracos, inesperados resultados que já aconteceram várias vezes nesta competição. Não é, pois, coincidência. É que se dando melhor no contra-ataque, o Corinthians tem dificuldades quando precisa abrir a defesa inimiga, jogando no ataque mesmo.

Creio que perdemos muito da manha de atacar, o que era possível quando tínhamos pontas, uma penca de meias-armadores, centroavantes, etc. Algo mudou e já faz tempo, a Copa do Mundo mostrou nossas deficiências e ainda por cima lá vem esse calendário, com jogos a toda a hora. É preciso mudar

Enquanto isso, fiquemos com as delícias das surpresas, com fortes e fracos deixando no ar a sensação do imprevisível.

 

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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