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Blog do Roberto Avallone

A emocionante virada do Palmeiras. O Corinthians perdeu para o Botafogo...E a proeza da Seleção

Roberto Avallone

12/10/2014 01h48

Foto: Fernando Dantas

Foto: Fernando Dantas

1- Como há muito tempo não se via, a torcida do Palmeiras festejou como se estivesse louvando um título. Vencer o Grêmio– de Felipão e Barcos-, de virada, afastando-se um pouco mais da zona da degola e até exibir por alguns momentos um futebol vistoso, ah, tudo isso era motivo para o torcedor resgatar o orgulho de outros tempos.

E com honrosas participações do goleiro Fernando Prass, do jovem lateral-direito João Pedro (17 anos), da dupla de zaga formada por Lúcio e Tobio, quem dominou o jogo, comandou o time dentro de campo e esteve em todas foi Valdivia. O capitão Valdivia. O senhor da partida.

Curioso é que por imprudência, saltar na área com os braços levantados, mesmo sem intenção (estava de costas), Valdivia cometeu o pênalti que poderia ter abalado o Palmeiras, numa dessas jogadas que às vezes os juízes marcam e às vezes não, pois estabeleceu-se uma certa confusão nesta regra. Cada vez mais uma questão de interpretação. Sem ter nada ver com isso, Barcos cobrou o pênalti e fez o gol do Grêmio.

Pouco tempo depois, esse mesmo Barcos foi expulso, por supostamente ter derrubado Cristaldo, ele " Pirata" que já tinha cartão amarelo e anda às turras com Lúcio. Também sem nada ver com isso, Valdivia continuou a armar jogadas e a comandar o time que empatou o jogo com Mouche (que entrara no lugar de Juninho) e virou com jogada de personalidade do menino João Pedro; com insistência, ele ganhou uma bola dividida e da entrada da área acertou forte chute, de canhota,com a bola desviando de leve num zagueiro do Grêmio e entrou no cantinho esqurdo.

Palmeiras, 2 a 1.

E, por justiça, fica aqui um registro para a performance do técnico Dorival Júnior: ele mexeu bem no time- na troca de Juninho por Mouche, indo Vítor Luís para a lateral-esquerda-, além de visivelmente ter devolvido a confiança perdida aos jogadores e à torcida. O que não é pouco.

Foto: Edmar Barros

Foto: Edmar Barros

2- Mesmo desfalcado, o Corinthians era o franco favorito para vencer o combalido Botafogo, até então o lanterna do Campeonato e  atingido por grave crise financeira. Não vinha o Corinthians de vencer o líder Cruzeiro, em pleno Mineirão? Pois jogando muito mal, incapaz de furar  a retranca dos botafoguenses, o Corinthians perdeu por 1 a 0- gol de Wallyson, de pênalti- e perdeu também a grande chance de avançar para o G-4.

É incrível como o Corinthians, de grande potencial em obter receitas, não tem um substituto à altura para Guerrero, um centroavante com as características do peruano. E não por mera coincidência é chamado de Robin Hood, o que ganha dos fortes e perde para os fracos; é que, com limitações no elenco, pode jogar no contra-ataque diante dos mais fortes,confundindo-se ao enfrentar os mais fracos por ter a obrigação de atacar. O que não é o seu forte.

Nada disso impede que tenham sido heroicos os jogadores do Botafogo. Foram mesmo.

Foto: Mowa Press

Foto: Mowa Press

3- A Seleção Brasileira mereceu a vitória sobre a Argentina, por 2 a 0, em Pequim. Menos nos minutos iniciais, a equipe de Dunga jogou melhor durante boa parte do tempo e teve em Diego Tardelli, o autor dos dois gols, seu jogador de destaque. Menção honrosa, é claro, para o goleiro Jefferson, que simplesmente defendeu um pênalti cobrado por Messi.

Messi que, aliás, ficou devendo futebol à altura de sua fama. Quase tanto quanto Neymar que, embora ensaiasse jogadas mais belas, não se completou. Bem ou mal, no entanto, beliscou o troféu do Super Clássico das Américas.

O que não deixa de ser interessante.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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