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Blog do Roberto Avallone

Flu impiedoso com o São Paulo. Mais vaias para o Corinthians. E o Palmeiras de Gareca!

Roberto Avallone

22/05/2014 02h39

Foto: Marcos de Paula

Foto: Marcos de Paula

1- Foi a mais dura e realista lição que o São Paulo poderia receber: sua defesa é fraca, ao contrário de outros tempos de Muricy Ramalho, capaz de comprometer todo um bom trabalho do meio-campo para a frente e até o sugestivo primeiro tempo disputado diante do Fluminense quando, com justiça, saiu de campo vencedor.

No segundo tempo, no entanto, com o Flu adiantando seus jogadores e marcando a saída de bola, viu-se dominado e acuado o São Paulo, permitindo a virada e a goleada implacável do adversário: 5 a 2! E com toda a justiça. Contou ainda o tricolor paulista frente ao tricolor carioca com noite infeliz de seu goleiro Rogério Ceni, que deu rebote para o meio da área em dois gols do Flu- o primeiro, marcado por Walter (pareceu-me menos gordinho), depois de chute venenoso de Conca; depois, no quarto gol do Fluminense, marcado por Wagner, depois do chute de Rafael Sobis.

Esses deslizes somados ao gol contra do zagueiro Lucão e às falhas de dos outros jogadores da defesa foram verdadeiro convite à festa para jogadores habilidosos que, mesmo sem a companhia do suspenso Fred, sabiam o que fazer com a bola- Conca, Walter, Rafael Sobis, Wagner. Como segurá-los durante o tempo todo?

E desta vez Ganso não brilhou como no jogo diante do Flamengo, embora Luís Fabiano se movimentasse bem (apesar de discutir muito com o árbitro) e Pato tivesse marcado um belo gol de cabeça- o segundo do São Paulo- depois de bom centro de Osvaldo, pela esquerda. Do meio-campo para a frente, ainda mais com a chegada de Alan Kardec, espera-se muito do São Paulo.

Mas nessa defesa, a mais frágil do tricolor dos últimos tempos, quem há de confiar?

Foto: Ricardo Matsukawa

Foto: Ricardo Matsukawa

2- E foram mais intensas as vaias para o Corinthians, desta vez. Esperadas, convenhamos: foi o segundo tropeço consecutivo da equipe como mandante, o primeiro na estreia oficial da Arena corintiana ao perder para o Figueirense e agora ao empatar com o que restou do Furacão do ano passado, o Atlético Paranaense  (sem Manoel, sem Paulo Baier, sem o lesionado Marcelo e até sem técnico), em 1 a 1, no Canindé.

Analiso mais o resultado, pois atento ao clássico Fluminense e São Paulo, vi apenas os melhores momentos e os quinze minutos finais desse tropeço corintiano. Deu para ver duas ou três belas defesas do goleiro Weverton no primeiro tempo e, depois, o pênalti sofrido por Guerrero (pareceu-me que foi, embora há quem o discuta) transformado em gol por Jadson. Mais para o fim, no entanto, aconteceu o gol de cabeça de Douglas e quase a virada do Atlético com esse mesmo Douglas arriscando chute da entrada da área que tirou tinta do alto da trave.

Já imaginaram se a bola entrasse?

O fato é que falta ataque ao Corinthians. Ah, como falta!

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

3- Como será o Palmeiras de Ricardo Gareca? É o que se especula depois de o técnico já estar de contrato assinado até 30 de junho de 2015 com o clube, tornando-se o sexto treinador argentino a passar pelo Palestra (antes dele lá estiveram Jim Lopes, Abel Picabéa, Armando Renganeschi, o grande Filpo Nuñes e Alfredo Gonzalez, todos com êxito à exceção de Picabéa), o que torna tradicional a identificação.

Mas como que vale é daqui para frente, a expectativa é de que o Palmeiras seja ofensivo como gosta Gareca (ex-centroavante) e que ele possa indicar ao clube bons jogadores argentinos, que jogam muito e ganham menos do que os badalados por aqui. Especula-se que ele gosta de Lucas Pratto, de Milito (só que este já tem 34 anos e acaba de deixar a Inter de Milão), acreditando-se que, como opções, deva gostar também de Zárate (companheiro de Pratto no Velez Sarsfield) e de um jogador que considero fantástico, Piatti, do Sam Lorenzo.

Mera especulação, repito.

 

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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