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Blog do Roberto Avallone

Kardec no São Paulo! E o Palmeiras perde, jogando como time pequeno. E ah, o Santos...

Roberto Avallone

27/04/2014 04h21

Foto: Cedoc/RAC

Foto: Cedoc/RAC

1- O São Paulo venceu o Choque- Rei, derrotando o rival Palmeiras e acabando com a novela. E foi o próprio Alan Kardec quem determinou o fim da disputa, comunicando ao presidente do Palmeiras (segundo o site  Globo esporte) que decidira ir para o tricolor, sem chance de voltar atrás.

Era o desfecho esperado pelo noticiário dos últimos dias, não só porque a proposta do São Paulo era maior como também pelo mal-estar criado no dia seguinte à reunião entre o estafe do jogador com Brunoro e vice-presidente Mauricio Precivalle quando foi fechado, finalmente, um acordo. Mas quando o presidente do clube, Paulo Nobre, chegou do Rio-onde fora prestigiar a eleição de Marco Polo Del Nero na CBF-ele não concordou e tudo foi por água abaixo.

Pelo lado do São Paulo, seus dirigentes atacaram em três frentes-junto ao Benfica, aos agentes do jogador e quanto ao desejo do centroavante, sem cláusula de produtividade-levando a melhor na disputa. Foi satisfeito, assim, o desejo do técnico Muricy Ramalho, que trabalhou no Santos com Alan Kardec (2011-2012) e com ele foi até campeão, utilizando-o como centroavante e, às vezes, mais recuado.

O que sugere que o São Paulo pode montar um quadrado assim, enquanto Luís Fabiano estiver em campo: Paulo Henrique Ganso, Alan Kardec, Pato e Luís Fabiano. Nada mau, pois não?

Foto:Reinaldo Canato/UOL

Foto:Reinaldo Canato/UOL

2- A diferença foi a seguinte: o Palmeiras correu, correu, como time pequeno; o Fluminense tocou, teve monstruosa vantagem na posse de bola- e jogou como time grande, no ataque, em pleno Pacaembu. Quem deveria vencer? Ora, naturalmente o Flu, com placar até modesto diante de dois ou três milagres de Fernando Prass e do gol incrivelmente perdido por Fred.

No primeiro tempo, o Palmeiras chutou apenas duas vezes ao gol. Pode?

3- Para falar a verdade a ausência (que agora será eterna) de Alan Kardec prejudicou o Palmeiras, sim, mas nada justifica o time tão defensivo armado pelo técnico Gílson Kleina e o fato de terminar o jogo com um trio de atacantes que poderia justificar o apelido dado a um antigo ataque do Flamengo- "Ataque do pesadelo", formado por Serginho, Diogo e Miguel. Kleina faz cada coisa…

Meu Deus!

Futebol é imprevisível, o Ituano foi campão paulista, coisa e tal. Só que, pelo andar da carruagem (tantas as limitações da equipe, desde um lateral- direito de origem, passando pelo meio de sua área, agora um centroavante, etc.) que o Palmeiras parece condenado a ser mero coadjuvante no Campeonato Brasileiro, quem sabe, com um pouco de sorte, ocupando posição intermediária.

Não acredito que corra risco de rebaixamento. Torço para que não. Mas por favor, amigo, não peça certeza. Pois que a única certeza que tenho nesse caso é que não tenho mais certeza de nada.

Dentro e fora de campo, na cúpula, este não é o Palmeiras que conheci.

Foto: Felipe Gabriel

Foto: Felipe Gabriel

4- E o Santos? Vi apenas parte do jogo e acompanhei um pouco pelo rádio- pela Jovem Pan. E o relato de meu amigo Nilson César batia com o pouco que eu vira: o Santos não jogou nada diante do Coritiba no empate sem gols, livrando-se ainda da derrota porque uma jogada espetacular de Zé Love (ex-santista) terminou com a bola na trave de Aranha.

Creio que o Santos, depois de belas exibições no Campeonato Paulista, perdeu muito de sua confiança (especialmente os meninos), ao perderem o título de campeão paulista para o Ituano. Só pode ser isso: os Meninos da Vila não iriam desaprender de uma hora para a outra e nem deixar de lado o talento tão reverenciado.

Acredito que é só uma questão de fase, nada mais.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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