Topo

Histórico

Categorias

Blog do Roberto Avallone

Kardec e Palmeiras, sinais de final feliz. E uma voz contra a espanholização do futebol brasileiro

Roberto Avallone

21/04/2014 19h13

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

1- Ufa! Se não der nenhuma zebra ou nenhum recuo inesperado do pai do jogador, as informações que tenho são a de a qualquer momento- provavelmente nesta terça-feira- terminará a novela entre Palmeiras e Alan Kardec. Com previsão de final feliz para a torcida palmeirense, receosa que estava de perder seu goleador.

Já não bastava o adeus de Barcos?

E de onde vieram as informações? Bem, basicamente de uma pessoa na qual confio muito, de larga (e vitoriosa) vivência no clube, que por respeito não revelo o nome, e que me contou como estavam as coisas. Feitas as contas entre o que pede o jogador- ou o seu pai-, a diferença seria de 20 mil reais mensais ou 1 milhão e duzentos mil diluídos nos cinco anos de contrato.

(O que no mundo do futebol, talvez não dê pagar salário de um jogador júnior).

A surpresa estava na forma de como seria a reunião: teria sido solicitada (coloco no condicional) a Paulo Nobre pelo às vezes contestado José Carlos Brunoro e pelo vice-presidente do Palmeiras, Maurício Precivalle.

Coisa séria. E como minha fonte não acredita que Paulo Nobre seja tão radical e, crê que, à luz da razão e do bom senso, tudo será resolvido em tempo mais do que breve.

A conferir.

2- Enfim, li que pelo menos um dirigente fez séria alerta sobre o que pode acontecer ao nosso futebol, em pouco tempo: a "espanholização", tipo Real Madrid e Barcelona como protagonistas e os restantes como coadjuvantes.

Trata-se de Ataíde Guerreiro, novo vice- presidente do São Paulo e a quem não conheço pessoalmente. Pois em sua apresentação, Ataíde tocou no ponto crucial, que pode dar em desigualdade grande entre os clubes, tirando o glamour e a emoção de um Campeonato Brasileiro tão equilibrado quanto o nosso.

Referia-se, é claro, às cotas da tevê, que já são maiores para Corinthians e Flamengo e seriam ainda mais (escrevo no condicional), a partir de 2016, com 170 milhões de reais/ano ao Flamengo e ao Corinthians, ficando os outros bem abaixo.

Aí, é jogo duro.

Nada contra a Globo, emissora que aprendi a respeitar pela competência e profissionalismo, mas todas as empresas são formadas por homens, que podem ter ideias brilhantes e outras nem tanto. E que podem errar também.

No caso, creio, acontece um erro contra o equilíbrio das ações. Que é o nosso charme. Logo, sou contra a "espanholização" do nosso futebol e este senhor Ataíde tocou, sim, em assunto da mais alta importância. Sem seus rivais fortes, seriam os mesmos Corinthians e Flamengo?

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

Blog do Roberto Avallone