Kardec e Palmeiras, sinais de final feliz. E uma voz contra a espanholização do futebol brasileiro
1- Ufa! Se não der nenhuma zebra ou nenhum recuo inesperado do pai do jogador, as informações que tenho são a de a qualquer momento- provavelmente nesta terça-feira- terminará a novela entre Palmeiras e Alan Kardec. Com previsão de final feliz para a torcida palmeirense, receosa que estava de perder seu goleador.
Já não bastava o adeus de Barcos?
E de onde vieram as informações? Bem, basicamente de uma pessoa na qual confio muito, de larga (e vitoriosa) vivência no clube, que por respeito não revelo o nome, e que me contou como estavam as coisas. Feitas as contas entre o que pede o jogador- ou o seu pai-, a diferença seria de 20 mil reais mensais ou 1 milhão e duzentos mil diluídos nos cinco anos de contrato.
(O que no mundo do futebol, talvez não dê pagar salário de um jogador júnior).
A surpresa estava na forma de como seria a reunião: teria sido solicitada (coloco no condicional) a Paulo Nobre pelo às vezes contestado José Carlos Brunoro e pelo vice-presidente do Palmeiras, Maurício Precivalle.
Coisa séria. E como minha fonte não acredita que Paulo Nobre seja tão radical e, crê que, à luz da razão e do bom senso, tudo será resolvido em tempo mais do que breve.
A conferir.
2- Enfim, li que pelo menos um dirigente fez séria alerta sobre o que pode acontecer ao nosso futebol, em pouco tempo: a "espanholização", tipo Real Madrid e Barcelona como protagonistas e os restantes como coadjuvantes.
Trata-se de Ataíde Guerreiro, novo vice- presidente do São Paulo e a quem não conheço pessoalmente. Pois em sua apresentação, Ataíde tocou no ponto crucial, que pode dar em desigualdade grande entre os clubes, tirando o glamour e a emoção de um Campeonato Brasileiro tão equilibrado quanto o nosso.
Referia-se, é claro, às cotas da tevê, que já são maiores para Corinthians e Flamengo e seriam ainda mais (escrevo no condicional), a partir de 2016, com 170 milhões de reais/ano ao Flamengo e ao Corinthians, ficando os outros bem abaixo.
Aí, é jogo duro.
Nada contra a Globo, emissora que aprendi a respeitar pela competência e profissionalismo, mas todas as empresas são formadas por homens, que podem ter ideias brilhantes e outras nem tanto. E que podem errar também.
No caso, creio, acontece um erro contra o equilíbrio das ações. Que é o nosso charme. Logo, sou contra a "espanholização" do nosso futebol e este senhor Ataíde tocou, sim, em assunto da mais alta importância. Sem seus rivais fortes, seriam os mesmos Corinthians e Flamengo?
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