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Blog do Roberto Avallone

Palmeiras: na volta à elite, festa tímida e preocupações

Roberto Avallone

26/10/2013 20h01

Foto: Marcos Ribolli

O cenário era o ideal para uma comemoração inesquecível: o Pacaembu lotado, velhos ídolos do Palmeiras feito Academia, camisa que fazia alusão à façanha de 7 de setembro de 1965, no Mineirão,  quando a Seleção Brasileira foi bem representada pelo time inteiro palmeirense e goleou a seleção do Uruguai por 3 a 0.

Foto: Marcos Ribolli

Se o cenário era o ideal para festejar o acesso palestrino, o futebol ficou devendo. E muito. Incapaz de furar a retranca do São Caetano, ainda por cima o Palmeiras teve de contar com boas defesas do goleiro Fernando Prass para evitar um vexame em pleno dia de festa. O jogo acabou com um 0 a 0 frustrante para o torcedor, que recolheu a alegria e deixou a comemoração de lado. Já nem se falava mais do pênalti sobre Alan Kardec assinalado pelo árbitro que, depois, informado pelo seu auxiliar, voltou atrás.

E o que houve de errado com o Palmeiras? Bem, em primeiro lugar não gostei da maneira com que Valdivia- mesmo assim, o melhor jogador do time- foi escalado, lá na frente, deixando um buraco meio do campo e não permitindo o avanço de Wesley. Quando joga pela seleção chilena, Valdivia atua próximo aos dois atacantes, sim, mas tem um jogador, no caso Vidal, para cobrir as suas costas. Mas Gilson Kleina não é Jorge Sampaoli.

Depois, vêm os erros individuais. Juninho, por exemplo, continua mal na lateral-esquerda, enquanto Luís Felipe, pela direita, piorou muito desde que surgiu o problema de seu contrato, quem sabe por coincidência ou porque essas coisas mexem mesmo com a cabeça de um jovem; do meio -campo e seu buraco já falei, passando, então, ao ataque, onde Ananias e Vinicius seguem sendo incógnitas, não se notando nenhuma jogada ensaiada para Alan Kardec, bom cabeceador, mas que não recebe um centro medido. Como deveria ser treinado.

Aí, fica difícil. E surge a preocupação para o ano que vem, o do Centenário, não se sabendo, ainda, se haverá dinheiro para umas cinco contratações necessárias e até onde vai esse imbróglio da Arena. Além da definição do técnico- será Kleina ou outro?

Enfim, tudo isso o tempo vai dizer.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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