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Blog do Roberto Avallone

A demissão de Luxemburgo. E o momento dos técnicos

Roberto Avallone

29/06/2013 17h28

Foto: Djalma Vassão

Foi a típica crônica da demissão anunciada: quem acompanha o noticiário da imprensa gaúcha não se surpreendeu com a queda de Vanderlei Luxemburgo pelo Grêmio, clube que lhe deu um elenco renomado e não recebeu em troca um título sequer. A situação estava crítica.

E o que acontece com Luxemburgo, o Estrategista, que há pelo menos cinco anos não encaixa um grande trabalho, embora cultive sempre a fama de vencedor e de mestre na arte de armar times poderosos? Isso aconteceu, sim, mas no passado, pois cinco anos significam muito tempo para que se conseguisse a chamada volta por cima.

Não vivo o dia-a-dia de Luxemburgo e tenho apenas como referência para analisar o seu último trabalho à frente do Grêmio. Pelo que foi apresentado, é visível que o futebol exibido pela equipe dá a impressão de um time sem alma, c om jogadores fora de posição, como no caso de Barcos que virou muito mais um garçom a servir os companheiros do que o homem de área, matador implacável dos tempos do Palmeiras.

O mar virou sertão e o sertão virou mar.

O futebol é cíclico, já se sabe. E, dentro desse contexto, o treinador– por melhor que seja o seu currículo- precisa acompanhar as mudanças e novidades táticas para não perder o bonde da História. Não se via um futebol compacto, de ocupar os espaços, no time de Luxemburgo.

Assim como Monstro Sagrado dos gramados, o argentino Carlos Bianchi, tem encontrado sérias dificuldades para levantar o Boca Juniors, penúltimo colocado do campeonato da Argentina, sempre baseado no veterano Riquleme– o astro que não consegue driblar a veteranice e as eternas lesões.

Teria sido o mesmo que aconteceu com Muricy Ramalho no Santos?

Trata-se, no mínimo, de um sinal de alerta: até os grandes precisam, sempre, de uma reciclagem.

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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