A pérola do Fenômeno. E o gol contra
Penso até que não foi bem isso que Ronaldo quis dizer. Mas disse. Ao enfatizar que "Copa do Mundo não se faz com hospital", o chamado Fenômeno, artilheiro das Copas do Mundo, mexeu em uma das maiores feridas do brasileiro- a das agruras de ter de enfrentar precários locais públicos para cuidar da saúde.
Coube-lhe, assim, a indignação de quem ouviu- ou leu- a sua pérola, tanto que a ele caberia o que Romário costuma falar de Pelé: "Calado, ele é um poeta". Entendi que o hoje empresário, integrante do COL e comentarista de tevê, Ronaldo, quis colocar em relevo a importância da construção dos estádios, que é o lugar para se jogar bola, coisa e tal. E nem penso que se deva cobrar dele a sensibilidade (ou a inteligência) ao tocar em temas sociais. Cada um é cada um.
Afinal, ele foi apenas um "Fenômeno" da bola. Não de ciências sociais.
Jogando, Ronaldo foi um poeta. Talvez fosse ter melhor parado por ali.
O GOL CONTRA
Não sei se por vandalismo, burrice ou manipulação secreta. Mas as cenas de rapazes encapuzados saqueando lojas no centro de São Paulo, televisores debaixo dos braços, mancham o idealismo dos protestos que vem ganhando simpatia e apoio da opinião pública. São grupos isolados, é verdade, mas que deveriam ter sido contidos pela esmagadora maioria.
Fica o mistério se desses grupos isolados fazem parte aproveitadores, pouco interessados nas causas justas dos protestos, ou se são elementos infiltrados para desmoralizarem o movimento como paus-mandados de quem tem interesse em desqualificar o que vem acontecendo.
Pegam muito mal esses saques e quebra- quebras contra o patrimônio público e privado. Aliás, disso as cidades já estão saturadas.
Pena. Foi um gol contra.
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