Como será após a vitória corintiana no Dérbi?
Roberto Avallone
02/02/2019 23h36
Para começar, uma dedução lógica: com a vitória sobre o Palmeiras, 1 a 0(gol de Danilo Avelar), o Corinthians resgatará boa parte de sua confiança e terá o apoio de sua torcida em busca do tricampeonato paulista.Vencer o arquirrival, na casa do adversário, pode ser um divisor de águas para o Corinthians._
Já para o Palmeiras, o caminho pode ser o inverso: embora o Dérbi não decidisse nada, outra derrota em casa para o Corinthians pode gerar muitas dúvidas. Como, por exemplo, a organização no meio-campo e as incertezas no ataque, com Borja não produzindo nada. Deyverson sendo expulso de novo(é a quinta vez com a camisa do Palmeiras) e comentaríos pessimistas- que considero precipitados- sobre Carlos Eduardo e Felipe Pires.
Taticamente, o Corinthians teve o perfil de seu técnico Fábio Carille,mestre em montar defesas ou até muralhas para os adversários.O Corinthians precisou chutar apenas duas bolas contra o gol do Palmeiras. Nada mais. Ou melhor: duas bolas-uma entrou nas redes- e a maneira compacta de se defender , que fez o goleiro Cássio exaltar a equipe; " Eles(o Palmeiras) não tiveram nenhuma chance cara a cara ou um chute de longe mais perigoso".
E Cássio tem razão. Se para o Corinthians o jeito é ir se reforçando(Júnior Urso foi o décimo jogador a ser contratado neste ano) e conviver com suas limitações, o problema do Palmeiras é não ter jogado verdadeiramente bem nenhuma partida em 2019 e redescobrir o jeito que o fez campeão brasileiro em 2018; digo isso em relação à ,maneira de atacar, o que talvez se resolva com a entrada de Ricardo Goulart e a volta à forma de Dudu. Ou,então, a mudança de esquema.
O que sei é que a sensação que tive durante o Dérbi foi a de que o Corinthians não seria vazado nem mesmo se o Palmeiras jogasse(atacando daquele jeito?) dois dias e duas noites sem parar. Era muita falta de imaginação e de contundência.
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.