Topo

A aula de Sampaoli e o caso Bruno Henrique

Roberto Avallone

28/01/2019 00h57

1- Foi uma aula de como incentivar e movimentar um time sem estrelas. E quem a deu não tem a pose de um mestre: baixinho, agitado, os braços tatuados, o olhar arregalado, transmite a seus jogadores a sensação- e a obrigação- da fome de bola.

Trata-se de Jorge Sampaoli, que já foi campeão da Copa América  pela Seleção do Chile, autor da revolução no futebol do Chile, dirigindo o time da La U, contratado depois a peso de ouro pelo Sevilla, de onde saiu para treinar a Seleção Argentina na Copa da Rússia.

Histórico à parte, impressionou-me o que Sampaoli fez com o time do Santos diante do forte São Paulo, neste domingo. Não me lembro de uma chance sequer do tricolor em chegar às redes de Vanderlei, mas me recordo de várias jogadas em que o Santos esteve para marcar mais gols.

Sei lá qual foi a mágica de transformar bons jogadores- ou regulares-em peças preciosas como Jean Mota, Derlis Gonzalez- na minha opinião, o melhor em campo- e um venezuelano de 1 m60, Soteldo em atacante útil. De quebra, Sampaoli mostrou sua versatilidade tática, deixando o Santos com três zagueiros- Luís Felipe, Gustavo Henrique e o colombiano Aguilar- transformando Copete em falso lateral- esquerdo.

Tudo isso diante do São Paulo.

Bem, o Santos venceu o São Paulo por 2 a 0, gols do zagueiro Luís Felipe, de cabeça, e  do paraguaio Derlis Gonzalez, este com direito a fintar o goleiro Thiago Volpi com a perna direita e arrematar com a esquerda. Poderia ter sido um placar mais amplo.

Com o triunfo, o Santos tem 9 pontos em 3 jogos, aproveitamento de 100 por cento. Surpreendente para quem se esperava pouco antes de começar o Campeonato.

Graças a Sampaoli!

2- Caso Bruno Henrique? A qual deles estou a me referir-ao que estreou pelo Flamengo marcando os dois gols da virada contra o Botafogo? Ou ao outro Bruno Henrique, meio-campista do Palmeiras (segundo melhor jogador do time campeão brasileiro de 2018, só atrás de Dudu) e que o futebol chinês pretende levar?

Na verdade, refiro-me aos dois. O do Flamengo, por sua exuberante performance, marcando em 60 minutos dois gols- o que fizera no ano passado, quando se machucou, durante toda temporada.

E o do Palmeiras porque uma fonte ligada à cúpula do clube me avisou que haverá resistência contra a saída do meio-campista, com a intenção por parte de quem de direito de oferecer um belo aumento ao jogador para ele ficar. Não sei se será suficiente para cobrir a proposta do Tianjin Teda- que pensa até em pagar a multa rescisória, 6 milhões de euros (25,8 mi de reais)-mas, que haverá esforço isso é certo.

De quebra, a fonte informa que não está descartada, em breve, uma nova investida para a volta de Keno.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

A aula de Sampaoli e o caso Bruno Henrique - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

Mais Posts