Barrios deixa menor vantagem corintiana. E Palmeiras, São Paulo...
Roberto Avallone
17/07/2017 00h00
1- A vantagem do Corinthians em relação ao Grêmio ainda é muito grande. São 8 pontos. Mas poderia ser maior, caso a equipe corintiana não tivesse apenas empatado, em casa (2 a 2) com o Atlético Paranaense ou se o Grêmio deixasse de virar o jogo contra a Ponte Preta (estava perdendo de 1 a 0), por 3 a 1.
E o principal personagem da vitória gremista, nem tanto pela técnica, mais pelo oportunismo foi Lucas Barrios. Ele fez o gol de empate, com um chute seco, desviado, no canto esquerdo de Aranha: o mesmo Barrios, em meio à pressão de não poder desperdiçar a cobrança do pênalti cometido sobre Fernandinho, fez questão de pegar a bola, de assumir a responsabilidade. E chutou forte, no canto esquerdo de Aranha.
Era a virada gremista.
Virada depois consolidada, gol de Éverton, 3 a 1. Sem maiores sustos.
O Corinthians, em função de sua campanha, desponta como o favorito neste Campeonato Brasileiro. Mas nada está ainda decidido: faltam muitos jogos (24 rodadas) e qualquer previsão mais determinista pode ser precipitada.
2- Mesmo sem empolgar seu torcedor com um futebol exuberante, sendo, porém, eficiente, o Palmeiras venceu o Vitória por 4 a 2 e evitou a crise que já estava se iniciando com as três derrotas consecutivas sofridas (e a principal delas contra o Corinthians, em casa).
Descontados os lances polêmicos- não vi pênalti em Mina, que Róger Guedes converteu em gol; mas vi pênalti em Willian, no segundo tempo-o Palmeiras soube virar um jogo em que perdia por 1 a 0 para 4 a 1 a favor, sendo que quase no fim do jogo a equipe baiana marcou seu segundo gol. 4 a 2.
A vitória valeu pelos três pontos, é claro (no momento, antes do jogo Botafogo e Sport, o Palmeiras é o quinto colocado), mas valeu mais para amenizar o humor pela campanha irregular. E mais de 36 mil palmeirenses estiveram no estádio.
Na minha opinião, os destaques do Palmeiras foram, pela ordem, Dudu (autor de dois gols) e Guerra (que, até sair por cansaço, fez boas jogadas).
3- Delicada é a situação do São Paulo, que neste domingo perdeu para a Chapecoense, 2 a 0: está na zona do rebaixamento, é o décimo-oitavo colocado, e seu futebol não parece nada propício a uma reação brilhante.
A defesa tricolor falha muito e Cueva- que já viveu no São Paulo um período de glórias- parece ter esquecido o jeito de driblar os zagueiros, de fazer lançamentos primorosos. Quanto ao conjunto, ou falta de entrosamento, é possível que seja pela excessiva entrada e saída de jogadores que aconteceu neste ano,
É provável.
De qualquer maneira, embora ainda faltem 24 rodadas, é preciso cuidado,
Afinal, o São Paulo não vence há 9 jogos.
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.