Corinthians, o grande líder do Campeonato diferente
Roberto Avallone
12/06/2017 02h11
O Corinthians bateu o São Paulo, por 3 a 2, no clássico apelidado de "Majestoso". E ganhou com justiça uma partida cheia de alternativas, com muito esforço e suor, pois foi em campo a equipe com mais virtudes e menos defeitos do que o tricolor que sofreu com as falhas de seu sistema defensivo.
Bem encaixado, sob o comando seguro de seu técnico, Carille, vê surgir também as individualidades, nem todas elas reconhecidas há alguns meses: Jô- em grande forma-, Romero- útil no ataque e na defesa- Guilherme Arana, Gabriel, etc. Aliás, Romero, Gabriel e Jadson (este, reconhecido antes) foram os autores dos gols corintianos: pelo tricolor, marcaram Gilberto e Wellington Nem.
O Corinthians , neste começo de Campeonato Brasileiro, é um exemplo de jogar bem sem ter grandes estrelas. Não é regra. Mas tem acontecido por aqui. Ora, quem está no topo da tabela, logo abaixo do surpreendente Corinthians? Temos o Grêmio, que vem jogando um belo futebol, com jogadores entrosados e com Luan de craque-devendo ser vice-líder nesta segunda-feira; em seguida, ainda vice surge o Coritiba, do futebol "certinho" e a Chapecoense, cujo time foi montado este ano, depois da tragédia da qual foi vítima no fim de 2016- a tragédia que comoveu e entristeceu todo mundo.
Nenhuma das equipes que estão no topo- e não sei como será ao longo do torneio- era apontada como favorita no começo do Campeonato. Falava-se dos elencos do Atlético Mineiro, do Flamengo e do Palmeiras-que ocupam preocupantes posições até agora- ou do eficiente desempenho do Santos, que respirou aliviado com a vitória sobre o Atlético Paranaense, 2 a 0, neste domingo.
E nenhum dos badalados está no topo.
O que sugere este começo? Ou o prenúncio de que poderemos ter um Leicester- o campeão- surpresa na Inglaterra, em 2016- ou, então, que o futebol brasileiro mudou radicalmente, dada a intensidade dos jogos e dos treinos, servindo-se melhor de alguns jogadores mais experientes e de uma boa quantidade de jovens, velozes e resistentes.
Pode ser. Como pode ser também que, passadas as rodadas, os exemplos da época provem o contrário. É coisa para se ver, pois o futebol sempre teve as suas surpresas, mas também já alternou suas mudanças.
Como será desta vez?
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.