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Corinthians e Ponte, finalistas. Jô, o artilheiro dos clássicos

Roberto Avallone

23/04/2017 20h17

 

1- Como se esperava, diante da enorme vantagem obtida nos jogos de ida, Corinthians e Ponte Preta são os finalistas do Campeonato Paulista, decisão que será em dois jogos, o primeiro em Campinas e o segundo na Arena corintiana. Era improvável que o Palmeiras conseguisse tirar uma desvantagem de três gols- 3 a 0 em Campinas-ganhando com estádio lotado e elenco badalado apenas pelo insuficiente 1 a 0, em bola que bateu em Felipe Melo.

Assim como era improvável que o São Paulo, derrotado pelo Corinthians em pleno Morumbi, 2 a 0, desse a volta tão por cima na Arena corintiana, ficando no 1 a 1, gols de Jô (em lance super discutido) e Lucas Pratto. Deu, então, o que se esperava diante das circunstâncias.

E agora? Longe de serem times brilhantes, Corinthians e Ponte, no entanto, têm a virtude de conhecerem seus próprios limites, resguardando-se com afinco na defesa e partindo mais nos contra-ataques. O Corinthians, mais com a habilidade de Jadson e Rodriguinho, contando, ainda, com a estrela e a eficiência de Jô; a Ponte conta com solidez defensiva, a elegância de Fernando Bob no meio- campo e a explosão de Willian Pottker (em grande fase) no ataque.

Como a Ponte jamais foi campeã e o Corinthians quase sempre soube lidar com decisões, a impressão que se tem é de que a balança pende mais para o lado corintiano. Mas isso é só teoria, pois o passado não garante a vitória do presente e a turma da Ponte espera quebrar o tabu e vingar, por exemplo, a derrota de 1977.

Tudo pode acontecer… Já dizia minha santa avó.

 

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

2- Jô chegou quietinho, sem quase nenhuma badalação. Já Lucas Pratto, pelo São Paulo, e Borja, pelo Palmeiras, chegaram festejados, na opinião da torcida quase um duelo particular, afinal quem se consagraria como o goleador máximo do Campeonato?

Mas Jô fez gol em todos os clássicos- contra o Palmeiras, contra o Santos, contra o São Paulo. Com cinco gols marcados nestes jogos diante dos rivais, passou a ser o "Rei dos Clássicos", decidindo as partidas mais importantes e deixando para trás as milionárias contratações dos rivais.

Este último gol, no domingo, contra o São Paulo, foi polêmico. É verdade que ele estava em posição irregular quando da cobrança da falta, mas o leve desvio na cabeça de Lucas Pratto-que tive a impressão ter acontecido, concordando com a opinião do ex- árbitro Paulo César de Oliveira, hoje comentarista de arbitragem da Globo- tirou o impedimento, ficando a critério do árbitro se foi ou não intencional. Suponho que sim, que Pratto tentou deliberadamente cortar o cruzamento da cobrança. Seu movimento para alcançar a bola é claro.

Não deixa, no entanto , de ser polêmico e qual de nós tem um detector de intenção?

Seja lá como for, o gol valeu para uma espécie de consagração de Jô. Aquele que deu a volta por cima.

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Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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