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Palmeiras, campeão pelo menos por um dia. E a Seleção

Roberto Avallone

07/08/2016 21h23

Foto: Cesar Greco / Divulgação

1-  Pelo menos por um dia, o Palmeiras é o campeão do turno. Título simbólico, é claro, se confirmado. Mas que ainda depende do Corinthians que, se vencer o Cruzeiro, por três ou mais gols de diferença arrebatará do arquirrival esse título de vencedor do primeiro turno, pelo critério de saldo de gols: antes de seu jogo, o Corinthians tem dois gols a menos do que o Palmeiras de saldo; se ganhar pela diferença desses dois, no entanto, entra o critério de desempate seguinte, o número de gols marcados- e aí o Palmeiras levará vantagem,pois já marcou 35 gols, enquanto o Corinthians está com 27.

Não creio que, mesmo em noite ungida pelos deuses, o Corinthians derrotaria o Cruzeiro por oito (8!) gols de diferença. Seria um milagre para os corintianos, uma tragédia sem precedentes para o Cruzeiro agora dirigido por Mano Menezes.

Quanto ao jogo diante do Vitória, o Palmeiras ganhou, 2 a 1 (gols de Lucas Barrios, Cleiton Xavier e Thiago Martins-este, contra) mas poderia ter obtido placar maior não fossem as chances perdidas e o pênalti desperdiçado por Jean;assim como ter sofrido o gol contra de Thiago Martins, depois da rebatida de Jaílson, que não teve culpa no lance.

Jaílson, alias, merece citação especial: sua atuação foi ótima, pois defendeu duas bolas com os pés, fez uma defesa espetacular de "mão trocada" e mostrou-se seguro nas bolas altas e nos cruzamentos. Agradável surpresa, já que fez sua estreia em jogos da primeira divisão do Campeonato Brasileiro e isso aos 35 anos- o que levava a uma certa desconfiança. Jaílson venceu a desconfiança, agradou a torcida e, visivelmente emocionado, recebeu ao final do jogo o abraço dos companheiros.

Também merecem destaque entre os palmeirenses, o atacante Dudu-o melhor em  campo; Cleiton Xavier, o que sofreu o pênalti mais batido por Jean e autor do gol; Lucas Barrios, que fez o primeiro gol e iniciou a jogada do segundo, preocupando, no entanto, por ter saído com suposta lesão ou dores na virilha; e o incansável Moisés, o volante que defende e ataca. Por sua vez, o Vitória jogou muito recuado- não teve ninguém de grande realce- ao ponto do atacante Marinho reclamar, dizendo que " posso ficar aqui só marcando o Zé Roberto".

Enfim, o Palmeiras voltou a vencer, depois de um jejum de três jogos.

Foto: Reuters

2- Que decepção! Não consigo encontrar outra expressão para definir a sensação de ver em campo a Seleção Brasileira Olímpica de futebol, recheada de profissionais e que ainda tem Neymar, considerado um dos melhores do mundo. Tudo isso para empatar com a modestíssima seleção do Iraque, em medíocre 0 a 0, assim como já fora diante da África do Sul. O futebol também leva 0. Péssimo.

E agora essa Seleção que passou cerca de duas horas e meia sem fazer um golzinho sequer sem balançar as redes uma única vez, corre o risco-se não vencer a Dinamarca-de ser eliminada na primeira fase, pois se não ganhar dos dinamarqueses, uma vitória do Iraque ou da África do Sul determinará o fim do sonho olímpico no futebol brasileiro. Ainda acho que há tempo para a recuperação, mas não com esse futebol de compartimentos estanques, com o ataque distanciado do meio- campo, o meio- campo da defesa.

A parte tática também foi triste.

Com a Seleção principal em sexto lugar nas Eliminatórias e com a seleção olímpica jogando essa bolinha- mesmo com Neymar, Gabigol e Gabriel Jesus- a sensação que fica é da ausência do talento que foi grande em outros tempo. A ausência que, ao final do jogo, fez a torcida gritar "Marta, Marta!", pois que essa é craque em sua área- e funciona.

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Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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