Não houve clássico, eis o que houve
Roberto Avallone
20/02/2016 21h31
Por clássico, entenda-se qualidade, gana de vencer, emoção. Mas não foi nada disso que fizeram Palmeiras e Santos, neste sábado à tarde, no Allianz Parque. Agora, para ser sincero, a culpa da mediocridade foi mais do Palmeiras de Marcelo Oliveira (três volantes e o lento Alecsandro à frente) do que do Santos de Dorival Júnior, pois foram santistas as chances mais claras de gol.
Quanto a estas chances- e não me lembro de nenhuma defesa importante do goleiro Vanderlei-, duas foram de Gabigol quando, cara a cara com Fernando Prass chutou a bola por cima , assim cmo na outra vez obrigou o goleiro palmeirense a fazer uma defesa espetacular; a terceira oportunidade, com o camaronês Joel chutando para nova defesa de Prass.
No geral, no entanto, o jogo foi amarrado, truncado, sem fluência. O Palmeiras de Marcelo segue a passar a impressão de ser um time mal treinado, enquanto o Santos de Dorival sofre quando Lucas Lima é marcado por pressão. Aliás, foi Lucas Lima quem melhor explicou a fragilidade do "clássico" de 0 a 0, ao dizer que: "Eles jogam muito a bola por cima, pelo alto. E o jogo acaba ficando muito chato".
O Santos tem seus limites financeiros, é verdade; mas o Palmeiras de tantos jogadores que se machucam- a vítima do sábado foi Thiago Santos- tem elenco numeroso e uma respeitável folha de pagamento. Só que com Marcelo Oliveira, neste ano ainda não emplacou e não se sabe se o fará.
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.