Marcelo Oliveira resistirá a novos vexames?
Roberto Avallone
13/02/2016 20h45
Foi um vexame o Palmeiras perder para o Linense, de virada, jogando no Allianz Parque. Não importa se foi com o time reserva, pois vários dos que foram contatados para este ano como boas promessas estavam em campo- Moisés, Regis, Erik, por exemplo. A impressão que a equipe vem passando, titular ou reserva, é a mesma, melancólica: jogadores mal- treinados, passes desperdiçados, falhas na defesa, dificuldade imensa para criar jogadas.
E, então, mesmo assim Marcelo Oliveira continuará a ser o treinador palmeirense? Pelo que me informei, por enquanto sim, pois tem currículo vitorioso nos últimos cinco anos, é bonachão, não muito exigente com os jogadores (hoje em dia, isso pode pesar) e não terá sido o que fez om Leandro Almeida que o queimaria, pois as falhas do zagueiro, em minha opinião, mereciam ser punidas com a retirada do zagueiro já no campo, em pleno jogo.
Eu disse que "por enquanto, sim". Mas não sei o quanto dura isso. Por exemplo: uma catástrofe contra o fraco River Plate uruguaio na terça-feira, este um adversário que pela lógica perderá para os outros concorrentes, é tragédia dura de ser assimilada. Talvez ainda não seja suficiente para derrubar Marcelo Oliveira, mas o tornaria frágil e sensível a uma sequência menos feliz. Resumindo: seria o começo do fim.
Nesse jogo diante do Linense, 2 a 1, impressionaram-me particularmente três quesitos:
1- O Palmeiras ia para o ataque, mas não conseguia nada e nem perturbar o goleiro adversário. O Linense chegava, em velocidade, sem marcação do meio-campo palmeirense e com um Vitor Hugo surpreendentemente lento, nos dois gols.
2- Segundo a tevê que transmitiu o jogo, se não me engano informação do repórter, Marcelo ficou chateado em duas ou três cobranças de falta e que ele pretendia fosse utilizada a jogada ensaiada e o jogador que fez a cobrança preferiu o chute direto. Ora, isto não é falta de comando?
3- Justificando a impressão do time mal- treinado: jogadas incompletas, erros de passes, chutes sem direção. Um horror!
Eo que fazer, então? Bem, é possível que Marcelo mereça mais algumas chances. Se não as aproveitar, que tal Cuca (que já veio embora da China), que fez do Atlético Mineiro um campeão da Libertadores e que já foi jogador do Palmeiras?
Quem sabe…
Sobre o Autor
Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.