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Palmeiras: nada mais do que um grande susto?

Roberto Avallone

16/11/2015 01h56

Foto: Divulgação

Foram horas de suspense. Desde que a presidente da Crefisa, Leila Pereira, disparou duras palavras contra o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre. O contrato estaria para ser rompido? A esta altura do Campeonato, em meio à crise econômica em que vivemos perder um patrocinador, no caso dois patrocinadores (Crefisa e FAM) doeria no bolso e nos sonhos de qualquer clube.

A revolta de Leila era grande e partia até para outras questões ("compram jogadores de quinta categoria") embora o objeto principal da bronca- ou seria gota d'água?- fosse meio estranho: o Palmeiras teria pedido à Crefisa a permissão para fazer com a Adidas uma camisa retrô dos tempos da Parmalat, com o nome da empresa italiana e tudo.

Sim,  não seria correto. Mas como nada foi feito, tendo sido obedecida a negativa da atual patrocinadora, o grande pecado foi a consulta? Ou haveria algo mais atrás disso? Conversei com um respeitável conselheiro palmeirense e ele me disse que quase sempre via nos jogos a dupla José Roberto Lamacchia (dono da Crefisa e da FAM e Leila, sempre sorridentes. Como se nada estivesse acontecendo "Parecia que estava tudo bem"- disse-me)

Aí,  no entanto,  depois das declarações, começou a onda de especulações: em uma delas, a patrocinadora (repito, no caso, patrocinadores) estaria insatisfeita com os resultados dentro do campo; em outra, conforme matéria publicada em junho, haveria uma disposição de Leila suceder a Paulo Nobre na presidência, embora para isso fosse necessária mudança no estatuto, criando-se a figura do grão-bene-mérito- em condições de disputar a presidência sem cumprir dois mandatos de conselheiro como agora.

Nada confirmado.

O que houve de concreto neste final de semana foi que Leila Pereira disse que o contrato não será rompido, que não  a disposição de ir para outro clube (na primeira entrevista, ao site do jornal Lance, ela falara que "se for assim, vou para o Flamengo, que me dá muito mais visibilidade"), que ficará no Palmeiras mesmo. E está até ajudando nas obras da reforma do CT, com construção de hotel e tudo.

Com as palavras de Leila e a resposta oficial do Palmeiras, argumentando que foi apenas uma consulta e o negócio da camisa retrô não segue adiante, mais os votos de elogios e gratidão aos patrocinadores, o que era perigo, passou a ser apenas um susto e teve um final feliz. Como será no futuro, se o episódio deixou ou não marcas,  só poderemos saber com o tempo.

Por enquanto, "meno male".

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Sobre o Autor

Sou Roberto Avallone, jornalista esportivo há mais de 45 anos. Primeiro o jornal, depois o rádio; mais tarde a TV. E finalmente, a tal da internet. Troquei a velha Remington - de som marcante e inspirador - pelo mouse e teclado. Seja qual for o meio, seja qual for o ano corrente, lá estarei eu falando sobre minha grande paixão: o futebol. Tem gente que gosta do que faz. Eu faço o que gosto. A diferença parece sutil - mas não é, e faz toda a diferença. Palpitem, opinem, contestem, concordem e discordem neste blog democrático. Não prometo atualizações minuto-a-minuto, nem respostas a todas as perguntas, mas tenham a certeza de que lerei todas elas e darei o meu melhor em matéria de informações, bastidores e memórias. Sejam bem vindos, caros amigos futeblogueiros.

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